A Biologia da Conservação, ou Conservação Biológica, é uma ciência multidisciplinar que foi estruturada como resposta à crise com a qual a diversidade biológica se confronta nos dias de hoje. Ela possui duas finalidades: em primeiro lugar, compreender os impactos da ação humana nas espécies, comunidades e ecossistemas, e, em segundo, elaborar atuações práticas para prevenir a extinção de espécies e reintegrá-las ao seu ecossistema funcional.
Apesar de suas raízes serem bem antigas, o surgimento da Biologia da Conservação como disciplina aconteceu em 1978, quando o termo foi utilizado como título de uma conferência em San Diego, na Califórnia – Primeira Conferência Internacional em Biologia da Conservação.
Biodiversidade, expressão que provém da união dos termos “diversidade” e “biológica”, significa variedade de vida ou variedade de todas as formas de vida existentes na Terra, sejam elas micro ou macroscópicas. Toda a diversidade biológica de espécies encontradas em uma área – animais, plantas, fungos e até micro-organismos como as bactérias – faz parte da biodiversidade.
A conservação ambiental é uma das correntes ideológicas mais discutidas na esfera científica. Ela pode ser caracterizada como um conjunto de ações que buscam o uso racional e sustentável dos recursos naturais, de maneira a obter alta qualidade de vida humana causando o menor impacto possível ao meio ambiente.
A conservação ambiental é importante para que as próximas gerações contem com recursos para a sua manutenção e subsistência. Além disso, é uma maneira eficaz de cuidar do habitat das espécies da nossa fauna e flora, impedindo que animais ou plantas entrem em extinção. No entanto, a conservação ambiental tem que ser feita de forma inteligente para ser efetiva, já que mesmo áreas conservadas podem sofrer efeito de borda e serem eliminadas.
A Biologia da Conservação surgiu porque nenhuma das disciplinas tradicionais aplicadas são amplas o suficiente para tratar das graves ameaças à biodiversidade. Ela complementa as matérias aplicadas providenciando uma abordagem mais geral para a proteção da diversidade biológica; ela é diferente das outras disciplinas porque prioriza a preservação a longo prazo de todas as comunidades biológicas em detrimento dos fatores econômicos.
Além disso, uma vez que a crise da biodiversidade tem origem a partir da pressão exercida pelo ser humano, a Biologia da Conservação incorpora características e propriedades de várias outras áreas além da biologia. No entanto, a disciplina, como qualquer empreendimento profissional e científico, precisa atualizar continuamente sua estrutura intelectual e acadêmica para abrigar novas informações.
Com o passar do tempo, especialistas perceberam que a dinâmica ecológica não podia ser separada da humana. Isso fez com que o delineamento original da Biologia da Conservação precisasse de uma estrutura mais ampla para distingui-la de uma empresa preocupada apenas com o bem-estar na natureza não humana, a qual passou a ser chamada de Ciência da Conservação.
Ao contrário da Biologia da Conservação, a Ciência da Conservação tem como objetivo a melhoria do bem-estar humano através da gestão do meio ambiente. A característica diferencial é que na Ciência da Conservação, técnicas para maximizar os benefícios para as pessoas e para a biodiversidade são buscadas em conjunto.
De modo geral, a Biologia da Conservação compreende os impactos da ação humana nas espécies, comunidades e ecossistemas e propõe atuações práticas para prevenir a extinção de espécies e reintegrá-las ao seu ecossistema funcional. Sendo assim, ela é extremamente importante para a manutenção da diversidade biológica terrestre.
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