Blueberry. Imagem editada e redimensionada de Vince Fleming, está disponível no Unsplash
O blueberry, chamado em português de mirtilo e cientificamente de Vaccinium myrtillus L., é uma das frutas mais ricas em antioxidantes. Os mirtilos apresentam um pigmento de cor azul, graças a uma camada de cera que envolve o fruto. A cor também é uma característica de alimentos ricos em antioxidantes chamados antocianinas.
O blueberry pode proporcionar diversos benefícios à saúde. Como melhorar os níveis de colesterol, açúcar no sangue, prevenir inflamações e proteger a saúde dos olhos.
Acredita-se que as antocianinas sejam os principais bioativos responsáveis pelos benefícios do blueberry. Embora seja mais conhecido por melhorar a visão, há relatos de que o mirtilo ajuda a baixar o nível de açúcar no sangue. Bem como tem efeitos anti-inflamatórios, ajuda a controlar o colesterol ruim e reduz o estresse oxidativo.
Portanto, o blueberry é uma ótima opção para tratamentos alternativos e prevenção de condições associadas à inflamação, como:
Além de outras doenças relacionadas à idade, como o envelhecimento precoce.
Além disso, o mirtilo é rico em fibras, vitaminas e minerais e possui atividade antimicrobiana, sendo benéfico para o sistema imunológico. Isso tudo de acordo com um estudo publicado pela plataforma National Center for Biotechnology Information.
Apesar de causar dúvidas, blueberry e mirtilo são a mesma fruta. A diferença está no nome: blueberry é seu nome em inglês; e mirtilo, em português.
Comum nos Estados Unidos e na Europa, o blueberry cresce em pequenos arbustos. Ele costuma crescer em florestas de coníferas úmidas e seu desenvolvimento é favorecido por solos moderadamente úmidos.
O consumo diário indicado pode variar e é de 20 a 60 gramas de frutos secos. Enquanto o consumo de extrato em pó é de 160 a 480 miligramas.
Estudos feitos in vitro demonstraram que as antocianinas do blueberry previnem o câncer por meio da atividade antioxidante. Isso pode ajudar a proteger o DNA contra danos oxidativos dos radicais livres. No entanto, os estudos observaram que as doses utilizadas para estudos in vitro são muito superiores aos valores que podem ser alcançados no interior das células por meio da ingestão normal.
As antocianinas presentes no blueberry conferem ao fruto poderosas propriedades antioxidantes. Porém, essas quantidades são vistas em estudos feitos in vitro. Portanto, não se pode presumir que todos os produtos comerciais de blueberry contêm quantidades significativas de antocianinas. Ou, também, que as antocianinas absorvidas agem diretamente como antioxidantes in vivo.
Estudos realizados com blueberry mostraram que o consumo da fruta tem potencial de melhorar os níveis colesterol ruim. Além disso, foram observados efeitos potencialmente antitrombóticos e anti-hipertensivos, que se caracterizam como efeitos cardioprotetores.
A inflamação é um mecanismo de proteção, mas a inflamação crônica aumenta o estresse oxidativo e está associada a muitas doenças relacionadas à idade, incluindo doenças cardiovasculares e câncer. Muitos estudos sugerem que as antocianinas, os compostos fenólicos predominantes encontrados no blueberry, têm efeitos anti-inflamatórios. Um estudo mostrou diminuição dos níveis inflamatórios de 31 indivíduos que tomaram 330 mL/dia de suco de blueberry por 4 semanas.
Devido à sua capacidade hipoglicêmica (capacidade de reduzir o nível de açúcar no sangue), os mirtilos podem ser utilizados para reduzir os sintomas da diabetes.
Em uma pesquisa feita com 685 italianos, o blueberry ficou em quarto lugar na lista de remédios herbais recomendados para a melhoria do controle glicêmico, o que significa que a fruta contribui para prevenção e controle da diabetes tipo 2, que é uma doença associada ao aumento do estresse oxidativo, inflamação, dislipidemia (distúrbio nos níveis de lipídios e/ou lipoproteínas no sangue), doenças cardiovasculares, câncer e perda de visão por catarata e retinopatia (doença na retina).
O blueberry é bastante conhecido por tratar distúrbios oculares. Estudos mostram que a fruta proporciona efeitos benéficos para condições oculares como a catarata, a retinopatia, a degeneração macular (perda de visão no centro do campo visual, devido a danos na retina) e visão noturna.
A perda de visão relacionada à idade, principalmente devido à catarata senil e à degeneração macular, afeta a qualidade de vida de praticamente todas as pessoas idosas. A retinopatia diabética é altamente prevalente naqueles que tiveram diabetes por 10 ou mais anos e é uma das principais causas de cegueira nos países desenvolvidos.
Há evidências suficientes de estudos que garantem que o blueberry pode ajudar a resolver problemas clínicos relacionados à idade avançada e perda de visão relacionada ao diabetes.
O fenômeno das doenças degenerativas relacionadas à idade que conduzem ao declínio cognitivo é muito comum. O acidente vascular cerebral, desencadeado principalmente por hipertensão ou trombose, é uma das principais causas de morte e incapacidades. Os efeitos vasodilatadores e anti-inflamatórios do blueberry podem ter uma influência significativa em relação à preservação da cognição e função neuromotora. Pois o consumo da fruta diminui o risco de acidente vascular cerebral hemorrágico e trombótico.
O blueberry é cultivado nas regiões mais frias do Brasil, como na região Sul. No entanto, a maior parte corresponde a uma variação do mirtilo que tem uma exigência de frio mediana. Já que o país possui um clima tropical, diferentemente da Europa e América do Norte, onde o fruto é encontrado in natura com maior disponibilidade.
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