Fundo Clima permite financiar até 80% dos itens. Objetivo é investir em sustentabilidade e economia de energia
O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), por meio do Programa Fundo Clima, passa a oferecer crédito para pessoas físicas investirem na instalação de sistemas de aquecimento solar e sistemas de cogeração. Os recursos poderão ser contratados em operações indiretas somente por meio de bancos públicos.”Trata-se de mais uma ação do BNDES para incentivar o cidadão brasileiro a investir em sustentabilidade e economia de energia”, diz a nota divulgada pelo banco.
A implantação de sistemas de geração de energia solar permite aos consumidores reduzir gastos com a conta de luz, já que passarão a comprar menos energia da concessionária e poderão, dependendo de sua região, fazer até uma conta corrente de energia vendendo o excedente para a distribuidora. Além disso, a geração distribuída traz um benefício para o sistema elétrico, já que conta com vários pontos de geração espalhados por residências e comércios, reduzindo o risco de interrupção do fornecimento de energia.
Segundo o BNDES, as regras do Fundo Clima alcançam 80% dos itens financiáveis nesse tipo de instalação, que inclui placas fotovoltaicas, aerogeradores, geradores a biogás e demais equipamentos necessários. Cada cliente pode tomar emprestado no máximo R$ 30 milhões a cada 12 meses.
O juro total, incluindo taxas do BNDES e dos bancos repassadores, é de 4,03% ao ano, no caso de pessoas físicas ou jurídicas com renda ou faturamento anual até R$ 90 milhões, e 4,55% ao ano, no caso de renda superior a R$ 90 milhões anuais. O programa de financiamento ainda permite carência de três a 24 meses, com prazo máximo de 144 meses. A vigência para adesão vai até 28 de dezembro de 2018.
O Fundo Clima é destinado a projetos de mobilidade urbana, cidades sustentáveis, resíduos sólidos, energias renováveis, máquinas e equipamentos eficientes e outras iniciativas inovadoras. O objetivo é financiar produções e aquisições com altos índices de eficiência energética ou que contribuam para reduzir a emissão de gases de efeito estufa.
Segundo a instituição, “podem ser financiados os seguintes itens, desde que novos e nacionais, cadastrados e habilitados para o subprograma no Credenciamento de Fornecedores Informatizados – CFI do BNDES: máquinas e equipamentos cadastrados no Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) ou com o selo Procel (considerando os itens para os quais o PBE fornece a certificação de eficiência energética, serão aceitos apenas os de classificação A ou B); sistemas geradores fotovoltaicos, aerogeradores até 100 kw, motores movidos a biogás, inversores ou conversores de frequência e coletores/aquecedores solares; ônibus e caminhões elétricos, híbridos e outros modelos com tração elétrica; e ônibus movidos a etanol.”