Considerada popularmente como um símbolo de mudanças positivas e renovações, a borboleta, pertencente à ordem Lepidoptera, é um inseto holometábolo. Isso significa que ela possui uma metamorfose completa, adquirindo asas coloridas e corpos cobertos por escamas na sua transição da fase de lagarta para a fase adulta.
A borboleta é um inseto que possui um exoesqueleto, seis pernas, um par de asas e um corpo dividido em três partes: cabeça, tórax e abdômen. Na cabeça, ela possui um par de antenas, um par de olhos e um probóscide, aparelho bucal longo e flexível localizado em sua cabeça que tem a função de sugar o alimento, como néctar, pólen, líquidos de frutos, resinas vegetais e excretas.
Por ser um inseto holometábolo, ela apresenta quatro fases em seu ciclo de vida: ovo, larva, pupa e, por fim, adulta. Além disso, devido às suas cores variadas de asas, algumas espécies de borboletas usam técnicas de camuflagem para escapar de predadores.
Habitando todos os continentes e trazendo mensagens por onde passa, a presença da borboleta vai além do significado simbólico. Cientistas afirmam que ela tem um papel fundamental na cadeia alimentar, sendo presa para animais maiores.
Além disso, a presença frequente desses insetos significa que a área é ambientalmente saudável e propicia a chegada de mais invertebrados importantes para o ecossistema, como as abelhas.
Na ciência, a borboleta se tornou um grupo “modelo” para investigar regiões e seus fenômenos, como o controle natural de pestes, mimetismo, embriologia, evolução, genética, dinâmicas populacionais, conservação de biodiversidade e mudanças climáticas, que veremos a seguir com mais detalhes.
É estimado que existam cerca de 18 mil espécies de borboletas no mundo. Porém, mesmo com uma variedade imensa, a borboleta é considerada muito frágil a mudanças no ecossistema.
Um estudo mostrou que as mudanças climáticas são os principais fatores da diminuição de borboletas no mundo, com um declínio de 1,6% ao ano entre 1997 a 2018. Esse fenômeno acontece devido ao aumento da temperatura, que causa estresse nesses insetos, levando a morte.
Como exemplo, há a borboleta-monarca que, infelizmente, está na lista de espécies em extinção devido à destruição de seu habitat natural e às condições não favoráveis do clima.
Outro estudo mostrou que a exposição à luz noturna artificial é considerada prejudicial para a migração das borboletas. Devido ao contato com luzes de postes e semáforos nas cidades, o ritmo circadiano desses insetos fica desregulado, causando uma confusão no horário de sono.
Por causa disso, as borboletas ficam desorientadas na hora de voar e, em casos de exposições extremas, elas começam a migrar em horários em que deveriam descansar.
Além de alterar a migração, as luzes em horários indevidos também podem afetar o metabolismo, disposição e imunidade, não só da borboleta, como também de todos os outros animais como o vagalume. Dessa forma, essa descoberta reforça o quanto a poluição luminosa está impactando negativamente fenômenos biológicos importantes.
Utilizamos cookies para oferecer uma melhor experiência de navegação. Ao navegar pelo site você concorda com o uso dos mesmos.
Saiba mais