Botulismo é uma condição grave causada pelo contato com a toxina botulínica, produzida pela bactéria Clostridium Botulinum. A toxina, comumente conhecida por seu uso em procedimentos estéticos, ataca o sistema nervoso e, quando não tratada, pode resultar em casos fatais.
O botulismo é uma doença grave, no entanto, ela é relativamente rara e a intoxicação pode acontecer apenas em casos específicos. Existem três tipos diferentes de toxinas botulínicas, A,B,C,D,E, F e G. Porém, apenas a A,B, E e F causam botulismo em seres humanos, enquanto a C,D e G causam problemas em outros mamíferos, aves e peixes.
Como a Clostridium Botulinum é uma bactéria anaeróbica, ela só reproduz os seus esporos em locais sem oxigênio, como em alimentos mal refrigerados, solos pobres em nutrientes e conservas preparadas de forma inadequada.
Existem tipos diferentes de botulismo, que divergem devido à forma como que são contraídos ou que se manifestam no corpo humano. Eles são:
Acontece devido ao consumo de alimentos contaminados com a toxina botulínica através do desenvolvimento de sua bactéria. Ela comumente se desenvolve em alimentos mal preservados, frutas, vegetais e peixes mal refrigerados e conservas feitas em casa. Alimentos industrializados também podem causar botulismo, embora seja raro.
Outros alimentos que causam botulismo por intoxicação:
Adultos e crianças com mais de 12 meses raramente contraem botulismo devido à ingestão ou inalação de esporos de Clostridium Botulinum — a não ser que haja uma doença pré-existente que os faça suscetível. Entretanto, crianças menores de 12 anos podem desenvolver a doença caso inalem ou consumam os esporos.
Uma vez no intestino da criança, esses esporos se proliferam e liberam a toxina que causa a condição. A forma mais comum de ingerir a bactéria ainda na infância é por meio do mel. Por esse motivo, o consumo de mel antes do primeiro ano de vida é contraindicado.
O botulismo de feridas se desenvolve quando a bactéria infecta uma ferida aberta, se prolifera e faz a liberação da toxina botulínica. A substância nociva é liberada na circulação sanguínea, o que pode apresentar um risco iminente à vida do indivíduo.
A forma mais comum de pegar botulismo de ferida é através do contato com seringas e alicates não esterilizados. Pessoas que sofrem com dependência química e fazem o uso de drogas como heroína têm mais chance de contrair a doença.
O botulismo iatrogénico é um dos casos mais raros da doença. Ele ocorre quando uma pessoa faz o uso exacerbado de injeções de botox — procedimento estético que usa uma pequena quantidade da toxina. A aplicação da substância por pessoas que não são profissionais também pode resultar no desenvolvimento da condição. Por isso, sempre opte pelo acompanhamento de um profissional especializado e capacitado.
Outro caso super raro de botulismo, em que os esporos podem contaminar o intestino de um indivíduo, assim como no botulismo infantil. Essa condição pode surgir apenas em pessoas com o sistema digestivo comprometido.
Os sintomas de botulismo podem variar de leves a severos, podendo aparecer de três a 30 dias após a contaminação do paciente. Os principais sinais da doença são:
Se você identificar um ou mais sintomas de botulismo, ligue para a emergência ou vá direto para um pronto socorro o mais rápido possível. O diagnóstico e tratamento devem ser feitos o mais rápido possível para que possuam melhor efeito.
Para diagnosticar a doença são feitos de exames físicos, de sangue e fezes, análises dos sintomas e eliminação de possíveis casos de meningite ou derrame. O tratamento é feito através de cuidados e intervenções básicas para reduzir o impacto dos sintomas e lentamente melhorar o quadro do paciente.
Seu profissional de saúde pode solicitar a internação do paciente, para que ele seja observado até a sua melhora. Durante esse período serão prescritos medicamentos como anti-toxinas, para evitar que a toxina botulínica cause mais problemas.
Pessoas que enfrentam problemas de respiração durante o quadro de botulismo também podem fazer o uso de um aparelho de respiração (ventilador), até que o sintoma vá embora. No caso do botulismo de ferida, é retirada cirurgicamente a parte infectada e administrado uma série de antibióticos para evitar que a infecção retorne.
É importante frisar que o tratamento feito por profissionais deve ser realizado imprescindivelmente. Isso porque a taxa de mortalidade do botulismo é de 5 a 10% dos casos, segundo a Organização Mundial da Saúde.
Mesmo que tratado de maneira adequada, o botulismo ainda pode deixar efeitos colaterais, por ser uma doença grave sem cura imediata. Sendo assim, uma pessoa que contrai a infecção pode apresentar fadiga, fraqueza, falta de ar (dispneia) e problemas no sistema nervoso até depois de já ter melhorado.
Existem vacinas para a prevenção do botulismo, porém elas não são amplamente distribuídas. De qualquer forma, bons hábitos para evitar a doença são essenciais para qualquer pessoa, independente da aplicação ou não da vacina.
Veja como prevenir a contração da condição:
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