Até 2020, o Brasil deverá eliminar o uso de hidrofluorcarboneto (HCFC) em todo o setor de espuma de poliuretano. A meta faz parte da segunda fase do programa brasileiro para acabar com a utilização na indústria dessas substâncias danosas à camada de ozônio. Nova etapa deve beneficiar 800 empresas. O governo conta com o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) na empreitada.
Lançada oficialmente em setembro, no Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio (16), a nova etapa do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH) teve início com duas visitas da agência da ONU, do Ministério do Meio Ambiente e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) a empresas.
A primeira reuniu governo, Nações Unidas e representantes de seis companhias que participaram da primeira etapa do programa nos setores de espuma flexível moldada e pele integral, mas em apenas algumas aplicações de espuma rígida. “Agora, a segunda etapa irá converter todo o restante do setor de espumas rígidas”, explica o assessor técnico Rafael Moser.
Essas indústrias são responsáveis também pela produção de poliol formulado — substância que contém o gás HCFC e que é distribuída como matéria-prima para fabricantes menores de espuma de poliuretano. A extensão da cadeia produtiva alcança pouco mais de 280 empresas, que verão sua produção se tornar mais sustentável com a nova etapa do PBH.
A segunda visita levou os parceiros do programa a quatro empresas de grande porte no Ceará, Paraná e São Paulo. Quando somadas as emissões de todas as corporações já visitadas, o volume de HCFC liberado chega a cerca de metade — 83 toneladas — do total que a fase atual do PBH deseja eliminar.
O PBH é a resposta do governo do Brasil aos compromissos assumidos pelo país no Protocolo de Montreal. O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento é a agência que lidera a implementação da iniciativa, coordenando projetos para eliminar os HCFC das cadeias produtivas.
Na primeira etapa do PBH, entre 2011 e 2016, cerca de 300 empresas foram beneficiadas. Todas as fabricantes ou consumidoras de espumas de poliuretano no Brasil precisarão ser convertidas até 2020, ano em que o Brasil proibirá a importação de HCFC para o setor.
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