Brasil produz cerca de 2 milhões de embalagens recicladas para agrotóxicos

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Galões reciclados trazem 80% de resina reutilizada

Onze anos atrás, o governo brasileiro estabeleceu uma legislação para que embalagens de agrotóxicos fossem recolhidas e destinadas a seus fabricantes (Lei 9.974/00). Com isso, foi criado em 2008 a Campo Limpo Reciclagem & Transformação de Plásticos, pelo Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (impEV). A empresa deveria propor soluções para fechar o ciclo de gestão das embalagens de díficil reciclagem dentro da própria cadeia de produção.

Desenvolveu-se  então um novo recipiente para os defensores agrícolas, produzido  a base de reciclagem dos antigos galões feitos com plásticos rígidos. A embalagem Ecoplástica Triex é constituída de 80% de material reciclado. Ela é fabricada com três camadas de plástico, sendo que a externa e a interna são feitas com cerca de 10% de plástico virgem (RPC), enquanto a camada do meio recebe 80% de resina reciclada.

Os galões já utilizados, que foram uma preocupação para a Campo Limpo,  hoje em dia se constituem em uma nova forma de lucros também no quesito meio ambiente e sustentabilidade A cada 100 embalagens de 20 litros produzidas, deixa-se de se jogar na atmosfera 3,6 quilos de CO2. A empresa espera fechar o ano de 2011 com a produção de 2 milhões de embalagens.

A embalagem foi a primeira no mundo a receber o certificado UN, das Nações Unidas, o que garante que ela passou por testes rigorosos de resistência, pressão e empilhamento. Algumas empresas do setor já aderiram à embalagem, como Monsanto, Syngenta, FMC e Ihara.

Iniciativa portuguesa

Assim como os galões de fertilizantes, outro produto de difícil destinação venceu o desafio e é matéria-prima para a constituição de campos de grama sintética e decoração de parques infantis, em Portugal.  Trata-se da borracha dos pneus dos carros! De acordo com o diário português A Bola, os carros europeus têm alta porcentagem de reaproveitamento (85%). Os metais são fundidos novamente e transformados em vigas para a construção, os óleos são reciclados, os vidros se transformam em peças de cerâmica e a borracha dos pneus vira grama para campos artificiais.

Com agências de notícias

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