O Brasil terá até 2045 para cumprir a meta de redução do uso de uma substância que não prejudica a camada de ozônio, mas possui alto potencial de aquecimento global,os hidrofluorocarbonetos (HFCs), utilizados em sistemas de refrigeração.
A redução terá de ser equivalente a 20% dos níveis utilizados na média dos anos 2020-2022. O Brasil não produz HFCs e tem seu consumo baseado nas quantidades importadas e eventualmente exportadas.
As partes do Protocolo de Montreal reuniram-se, em Kigali, Ruanda, para decidir sobre emenda que inclui, pela primeira vez, a eliminação gradual dos HFCs.
O acordo de Kigali, firmado em 15 de outubro, estava em discussão havia sete anos. Ele divide os países em três grupos para reduzir o consumo e a produção dos HFCs, sendo o prazo para os desenvolvidos mais curto do que para as nações em desenvolvimento.
“As metas e o cronograma de redução dos HFCs aprovados para os países em desenvolvimento foi o que o Brasil considerou factível em assumir tendo em vista as conversas com o setor privado”, explicou a gerente de proteção da camada de ozônio do Ministério do Meio Ambiente, Magna Luduvice.
Os HFCs foram desenvolvidos como uma alternativa a gases proibidos pelo Protocolo de Montreal, como os clorofluorcarbonetos (CFCs) e os hidroclorofluorcarbonos (HCFCs), principalmente nos setores de ar condicionado, refrigeração e para alguns produtos de aerossol.
“A adoção da emenda dos HFCs trará benefícios consideráveis para as próximas décadas e apoiará no avanço dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”, declarou o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
Apesar de se encontrarem em pequenas quantidades na atmosfera, os HFCs têm um potencial de aquecimento global muito alto. Com a suspensão do uso desses gases, estima-se que se evitará o aumento da temperatura global em 0,5°C até 2100 e evitará a emissão de 70 bilhões de toneladas de dióxido de carbono na atmosfera.
“A eliminação gradual mundial de HFCs proporciona um grande impulso aos esforços para manter o aumento da temperatura global abaixo de 2°C, como indicado no Acordo de Paris”, completou Ban.
Utilizamos cookies para oferecer uma melhor experiência de navegação. Ao navegar pelo site você concorda com o uso dos mesmos.
Saiba mais