A bucha vegetal, ou esponja vegetal, é uma fruta que nasce em uma planta trepadeira alta, pertencente ao gênero Luffa, também conhecida como Luffa cylindrica. A bucha é cultivada especialmente pelas fibras do fruto seco, que são usadas principalmente como esponja de banho, esponja de limpeza e até mesmo como palmilha.
Por ser uma fruta, a bucha vegetal é mais sustentável do que as esponjas de poliuretano (plástico derivado do petróleo), pois diferente do poliuretano, se biodegrada facilmente e pode ser reciclada em casa por meio da compostagem seca (a compostagem úmida, ou com minhocas, não é recomendada, pois o detergente ou sabão pode ser tóxico para as minhocas). Saiba mais sobre esse tema no Guia da compostagem.
Ela também é mais barata (se for comprada em feiras e mercados locais e de trabalhadores da agricultura familiar) e ainda rende mais. Isso porque ela pode ser cortada em pedaços, apesar de durar o mesmo tempo da esponja sintética.
Usando a bucha vegetal, você também incentiva os pequenos agricultores que produzem a planta e preserva o uso dos materiais plásticos para utilidades mais nobres do que ser matéria-prima para um objeto contaminante, de curtíssima vida útil. Além disso, essas buchas apresentam benefícios para a saúde e estética da pele, cuidados com a louça e utensílios. Confira!
Não faz mal utilizar a bucha vegetal com moderação. É importante evitar esfregá-la na pele com muita força e sabão todos os dias, pois a proteção natural da pele pode ser perdida. A bucha é um ótimo esfoliante natural.
Ela ajuda a remover as impurezas, cravos, pelos encravados e células mortas da pele. Isso proporciona um aspecto mais limpo e revitalizador.
Quem possui pele seca pode realizar movimentos mais fortes com a bucha vegetal na pele. Esses movimentos ajudam a estimular as glândulas sebáceas, que são fundamentais para a hidratação da pele.
Se utilizada durante o banho, a bucha pode ajudar a reduzir a aparência da celulite. Isso porque massagear a pele afetada pela celulite fazendo uma pressão leve ajuda a ativar a circulação local, reduzindo a aparência da celulite a curto prazo. O atrito da massagem com a bucha na pele também danifica as células de gordura (causadoras da celulite). Isso faz com que elas precisem se reconstruir, possibilitando que a pele se realinhe e se distribua mais uniforme.
A bucha vegetal também proporciona benefícios para sua casa. Ela limpa as louças tão bem quanto a esponja sintética e tem a grande vantagem de não riscar a louça.
Caso você tenha problemas com aquelas crostas difíceis de sair, junte a bucha com a lã de aço, uma outra alternativa para a lavagem de louças. A lã, por sua vez, trata-se de um material que se decompõe com mais facilidade ao oxidar-se. Ela contribui com danos menos significativos ao meio ambiente do que as esponjas sintéticas de poliuretano.
De acordo com Daniela Vieira de Lima, enfermeira obstetra do Hospital e Maternidade São Cristóvão, de São Paulo (SP), as mamas devem começar a ser preparadas durante o terceiro trimestre da gestação. Além de expor a aréola dos seios ao Sol (antes das 10h ou depois das 16h), também é preciso massageá-las com a bucha vegetal para facilitar a pega do bebê.
Melhor do que a esponja sintética e as palhas de aço, a bucha vegetal não risca azulejos, utensílios, móveis de vidro e madeira.
É possível cultivar sua bucha vegetal em casa! Saiba mais sobre esse tema na matéria: “Cultive sua própria bucha vegetal” ou no vídeo a seguir:
Se você cultivá-la em sua casa, basta retirar a sua casca e sementes, deixar de molho na água morna por 30 minutos e deixar secar. Após isso, você estará pronto para utilizá-la sem peso na consciência!
Em pesquisa nos Laboratórios Clínicos de Microbiologia do Hospital Monte Sinai de Nova York (EUA), três médicos perceberam que deixar esponjas em ambiente úmido causa a proliferação de bactérias. Algumas são consideradas até perigosas (do gênero presente em infecções hospitalares). Para os leitores com doenças ligadas à imunidade, como lúpus, anemia, hemofilia, diabetes ou que estão em períodos pós-cirurgia, vale prestar atenção e evitar colocá-la em banheiros e cozinhas.
Esponjas ainda não utilizadas, porém umedecidas, apresentam colônias esparsas de bactérias em forma de bacilos e estafilococos. Se não higienizadas, elas evoluem para uma flora de bactérias resistentes a antibióticos e às defesas do organismo humano. Mas calma, com a devida limpeza e cuidando da saúde, tudo isso pode ser evitado.
O principal é que você deixe a bucha vegetal secar completamente entre uma lavagem e outra, de preferência no sol. Assim as bactérias não encontram um ambiente para se propagar. É importante também que a janela e a porta da cozinha fiquem sempre abertas – e se quiser um cuidado extra, lave sempre a bucha após uso.
Métodos de descontaminação não são mais recomendados. Colocar uma esponja no micro-ondas pode aumentar a quantidade de microrganismos patogênicos. Saiba mais sobre esse tema na matéria: “Esponja de lavar louça acumula bactérias e fungos. Entenda“.
Se a sua esponja estiver com uma cor diferente de quando você a comprou, ou com um cheiro esquisito, ou mais gelatinosa que áspera, então não há nada a fazer fora trocar. Tudo isso é indício de uma cultura muito populosa de bactérias.
Normalmente, as buchas vegetais devem ser trocadas a cada três ou quatro semanas, dependendo de seu estado. Contudo, se sua bucha apresentar alguma forma de mofo antes do tempo normal, substitua-a!
Surpreendentemente, a bucha vegetal é comestível! Contudo, ela é melhor aproveitada antes de amadurecer completamente, em um fruto que tem o aspecto de um pepino.
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