A camada de ozônio é uma região da estratosfera que possui uma alta concentração de ozônio (O3). Ela funciona como uma espécie de “escudo” para o planeta Terra, já que absorve cerca de 98% da radiação ultravioleta emitida pelo Sol. Porém, a liberação de clorofluorcarbono na atmosfera, decorrente da grande utilização de produtos contendo esse gás no último século, foi responsável por originar buracos na camada de ozônio.
Com a destruição da camada de ozônio e o consequente aumento da incidência da radiação solar na superfície terrestre, os danos acontecem a uma velocidade maior do que podem ser reparados pelos seres vivos, causando diversos prejuízos à saúde de plantas, animais e seres humanos.
A camada de ozônio tem a função de proteger todas as formas de vida na Terra contra os malefícios provocados pela incidência dos raios ultravioletas (UV). Ela se forma na atmosfera terrestre, entre 12 e 32 km de altitude aproximadamente (região conhecida como estratosfera), e atua como um escudo, absorvendo os raios e impedindo que a maior parte da radiação ultravioleta alcance a superfície do planeta.
O ozônio é um gás muito instável que possui três moléculas de oxigênio. Isso significa que ele não consegue manter a sua estrutura com esses três elementos por um longo período de tempo. Por isso, o ozônio se liga a outras moléculas, formando outros elementos muito facilmente.
O ozônio pode ser encontrado distribuído em duas camadas da atmosfera terrestre, a troposfera e a estratosfera. Na troposfera, sua concentração é de 10%, enquanto na estratosfera de 90%. O gás encontrado na troposfera origina-se a partir de poluentes lançados na atmosfera e é conhecido como “ozônio mau” em decorrência de seus efeitos negativos quando em contato com plantas, animais e seres humanos.
Apesar de ser muito nocivo em contato direto com os seres vivos, o ozônio presente na estratosfera exerce um papel essencial para a manutenção da vida no planeta Terra. Distribuído em uma camada na estratosfera, esse gás absorve cerca de 98% dos raios ultravioleta emitidos pelo Sol, protegendo o planeta de uma superexposição.
Os seres humanos têm contribuído para a destruição da camada de ozônio desde a Revolução Industrial. A liberação de substâncias que reagem com o ozônio na atmosfera, como clorofluorcarbonetos, que antes faziam parte de aparelhos de ar condicionado, óxidos nítricos e nitrosos e halogênios, impossibilita sua renovação, permitindo que os raios ultravioleta penetrem com maior intensidade na superfície terrestre.
Isso ocorre porque os átomos dessas substâncias tendem a destruir o ozônio ao se ligarem às suas moléculas, dando origem a outro elemento, o que provoca a redução da concentração desse gás.
Em 1997, pesquisadores observaram pela primeira vez a existência de um enorme buraco na camada de ozônio sobre a Antártida. A partir disso, vários estudos concluíram que o nível de ozônio também tem diminuído em outros locais do planeta, principalmente nos polos dos hemisférios sul e norte. De acordo com dados do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), a cada 1% de destruição da camada de ozônio, aproximadamente 50 mil novos casos de câncer de pele e 100 mil novos casos de cegueira surgem no mundo.
A diminuição da concentração de ozônio na estratosfera faz com que uma maior quantidade de raios ultravioleta atinja a superfície terrestre, o que provoca diversos impactos ambientais e aos seres vivos, como:
O buraco na camada de ozônio na região da Antártica atingiu seu tamanho máximo anual em cerca de 24,8 milhões de quilômetros quadrados, aproximadamente três vezes a área continental dos Estados Unidos, em 20 de setembro de 2020. As observações retrataram a eliminação quase completa de ozônio em uma coluna de 1,6 quilômetros de altura na estratosfera sobre o Polo Sul.
O ano de 2020 teve o décimo segundo maior buraco na camada de ozônio por área em 40 anos de registros de satélites, com a décima quarta menor quantidade de ozônio em 33 anos de medições instrumentais realizadas em balões. A redução nos níveis de substâncias destruidoras da camada de ozônio controlada pelo Protocolo de Montreal impediu que o buraco fosse tão grande quanto teria sido sob as mesmas condições climáticas anos atrás.
“Desde o pico do ano 2000, os níveis de cloro e bromo da estratosfera antártica caíram cerca de 16% em relação ao nível natural”, disse Paul A. Newman, cientista-chefe de Ciências da Terra no Goddard Space Flight Center da NASA em Greenbelt, Maryland. “Temos um longo caminho a percorrer, mas essa melhoria fez uma grande diferença este ano. O buraco teria sido cerca de um 1,7 milhões de quilômetros quadrados maior se ainda houvesse tanto cloro na estratosfera quanto havia em 2000”, conclui.
A incidência da radiação ultravioleta está cada vez mais agressiva. Assim, as pessoas de todos os fototipos devem estar atentas e se protegerem quando expostas ao sol ou à lâmpadas que emitem esse tipo de radiação.
Os grupos de maior risco são os do fototipo I e II, ou seja, pele clara, sardas, cabelos claros ou ruivos e olhos claros. Além destes, os que possuem antecedentes familiares com histórico de tumores cutâneos, queimaduras solares e pintas também devem ter atenção e cuidados redobrados.
A Sociedade Brasileira de Dermatologia recomenda que as seguintes medidas de proteção sejam adotadas:
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