Imagem de Julieta Julieta no Unsplash
Os cactos são plantas floridas da família Cactaceae, da ordem Caryophyllales, com quase 2 mil espécies e 139 gêneros. Eles são nativos na maior parte da extensão da América do Norte e do Sul, com uma maior variedade de espécies encontradas no México.
Em geral, essas plantas são consideradas estritamente do deserto, mas muitas espécies são encontradas em vários habitats — do Canadá até o Chile.
Os cactos podem variar de tamanho dependendo da espécie, atingindo de dois centímetros até 18 metros. Além disso, o ciclo de vida dessas plantas também pode variar entre 15 a 300 anos.
O que diferencia os cactos das demais plantas é uma estrutura botânica chamada auréola, que dá origem a flores, novos ramos e espinhos.
Por ser comum em áreas quentes e secas, o cacto possui características essenciais para sua sobrevivência nesses climas. Essas plantas, por exemplo, são capazes de armazenar água em seus caules e raízes, possuem espinhos que previnem que o líquido seja utilizado por predadores e são cobertas por uma substância cerosa chamada cutícula. A ausência de folhas na maioria das espécies de cactos também contribui para esse fator, reduzindo o número de áreas em que a água pode ser perdida.
As raízes dos cactos são fatores importantes para o armazenamento da água, podendo se estender, dependendo da espécie, por até dois metros. No entanto, elas permanecem perto da superfície para absorver o máximo de água da chuva possível.
O processo de fotossíntese dos cactos é único das suculentas, a fotossíntese CAM, sendo essencial para a armazenagem de água de plantas de climas áridos. Nele, estruturas chamadas estômatos — por onde os cactos transpiram — abrem durante a noite, quando a planta está relativamente fria e menos umidade é perdida pela transpiração.
No entanto, como todo outro processo de fotossíntese, a fotossíntese CAM dos cactos também precisa do Sol. Portanto, eles armazenam carbono até o Sol aparecer, quando ele pode ser utilizado para completar o processo.
Como plantas floridas, os cactos concluem sua reprodução a partir de sementes. As flores, muitas vezes grandes e coloridas, possuem aromas característicos que atraem animais polinizadores, como morcegos e insetos.
Os espinhos são as características mais marcantes dos cactos, sendo essenciais para manter predadores longe e para evitar a perda de água da planta. Entretanto, essas espécies ainda possuem predadores, como roedores, ursos e até mesmo seres humanos.
Os cactos possuem diversos usos na vida humana, mas são predominantemente utilizados como plantas ornamentais, justamente por sua variedade de cores e tamanhos. No entanto, espécies como Opuntia e Cylindropuntia são usadas como alimento em algumas partes do mundo.
A planta também é o material principal de diversos outros produtos utilizados no dia a dia, como em cosméticos. Além disso, ela já foi usada na confecção de materiais mais complexos, como o “couro” sintético.
Entretanto, é importante ressaltar que o uso do termo “couro” nessa aplicação é meramente popular e não está correto de acordo com a Lei 4.888, de 1965. A utilização do termo couro associado a produtos que não sejam obtidos exclusivamente de pele animal para a comercialização é proibida.
Outros usos dos cactos incluem:
A população de cactos, em geral, é estável. Contudo, o seu constante uso como planta ornamental e a perda de habitat de algumas espécies estão contribuindo para o seu declínio.
De acordo com um estudo de 2015, 86% dos cactos usados para o comércio de plantas ornamentais são retirados da natureza. Grande parte desse comércio acontece ilegalmente, onde parte da concentração de espécies ameaçadas à extinção são encontradas no Rio Grande do Sul e em algumas áreas do Uruguai.
Quer saber como cuidar do seu cacto? Siga algumas dicas:
Cactos precisam de uma boa incidência solar. No entanto, podem queimar facilmente — principalmente quando ficam próximos às janelas. Deixe-os, preferencialmente, do lado de fora ou em janelas viradas para o sul.
Embora sobrevivam à secas, os cactos também precisam ser regados regularmente. O importante é certificar-se de que o solo esteja seco entre as regas.
Regue-os toda semana. Porém, no inverno as regas podem ser menos frequentes — durante essa estação as plantas entram em estado dormente.
Use terras com boa absorção de água para evitar o excesso de umidade, que pode potencialmente apodrecer a planta.
Utilizamos cookies para oferecer uma melhor experiência de navegação. Ao navegar pelo site você concorda com o uso dos mesmos.
Saiba mais