Afinal, o calor dá sono? Sentir-se mais cansado ou até mesmo preguiçoso em dias mais quentes é relativamente comum, mas será que esse fenômeno possui um embasamento científico?
Especialistas acreditam que sim, temperaturas externas podem afetar os níveis de energia, emoções e até mesmo a qualidade de sono. E, além disso, existem mais de um motivo do porquê o calor dá sono dentro da biologia e anatomia humana. Porém, não é apenas o calor que serve como influência no comportamento humano: o clima e a temperatura em geral afetam o organismo e as funções do corpo como um todo.
Mas, como isso acontece? E quais são os fatores que desencadeiam essas influências no comportamento? E, finalmente, por que o calor dá sono?
A termorregulação é um mecanismo do organismo que serve para regular a temperatura interna do corpo. Em dias mais quentes, o corpo exige mais esforços para atingir o nível de resfriamento necessário para que essa regulação ocorra.
Todo esse “trabalho extra” que é gasto no processo de termorregulação pode fazer com que os indivíduos se sintam mais cansados. Portanto, nesse caso, o cansaço e sono resultantes do calor são influenciados pelo próprio organismo.
A desidratação é uma condição caracterizada pela ausência de água no corpo. Ela ocorre quando a perda de líquidos é mais constante que o ganho e quando o organismo não tem líquido suficiente para exercer suas funções.
Temperaturas mais quentes estimulam essa perda de água e um dos efeitos desse fenômeno é a fadiga, que por sua vez, afeta os níveis de energia e o sono. A condição também pode resultar em quadros mais graves, como a exaustão por calor, um resultado do superaquecimento do corpo. Os sintomas desse fenômeno envolvem o suor excessivo e batimentos cardíacos mais acelerados.
Além da água, sais minerais e eletrólitos importantes são perdidos com o suor, que também podem resultar em maiores níveis de cansaço. O suor pode liberar baixos níveis de potássio, magnésio e cálcio, cuja perda é associada com a fadiga.
Durante a termorregulação ocorre o processo de vasodilatação, onde os vasos sanguíneos se dilatam para possibilitar um fluxo de sangue maior para a superfície da pele, que ajuda no resfriamento. Entretanto, esse processo pode desencadear a pressão baixa — ou hipotensão —, cujo um dos sintomas também é a fadiga.
Embora seja parte de processos naturais do organismo, é possível evitar que o calor te deixe com sono e cansado, uma vez que a maioria das causas desses fenômenos são fatores que podem ser prevenidos. Para evitar a desidratação, perda de líquido em geral e os efeitos da termorregulação, siga as seguintes dicas:
O calor não dá sono apenas nos seres humanos. O comportamento animal é notório por mudanças durante alguns tipos de clima, como a hibernação, por exemplo.
Uma pesquisa publicada em 2022 comprovou que a temperatura externa pode impactar até mesmo os insetos. De acordo com os dados publicados, moscas das frutas possuem um tipo de “circuito termômetro distinto” em seus cérebros, que é desencadeado por temperaturas quentes.
As antenas desses animais são quase como termômetros que reagem às temperaturas, mandando sinais para neurônios localizados na cabeça dos insetos. O circuito termômetro das moscas é ativado após a temperatura atingir 25ºC.
Quando é ativado, as células que promovem o sono das moscas ficam “ligadas” por mais tempo durante o meio-dia, que geralmente é quando a temperatura é maior. Desse modo, os insetos permanecem adormecidos durante os períodos mais quentes do dia.
O ato em si foi comparado à siesta celebrada na Espanha, onde muitas pessoas da cultura escolhem descansar após o almoço. Entretanto, a siesta não é exclusiva apenas de climas quentes.
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