A calvície é uma condição caracterizada pela perda ou ausência de cabelo na cabeça, tipicamente ocorrida durante o processo natural de envelhecimento.
No entanto, a condição pode ter diversas causas além do envelhecimento. Também conhecida como alopecia, a calvície é a forma mais comum de perda de cabelo em homens e mulheres no mundo todo. Dados da MedlinePlus indicam que a condição afeta até 30 milhões de mulheres e 50 milhões de homens nos Estados Unidos.
Na maioria dos casos a calvície de padrão masculino é hereditária, sendo chamada de alopecia androgenética, que é associada aos hormônios masculinos. Já nas mulheres, as causas da calvície são majoritariamente desconhecidas. Contudo, como ocorre principalmente durante a menopausa, especialistas acreditam que a alopecia de padrão feminino também é uma resposta à diminuição dos hormônios.
De todos os tipos de alopecia, a androgenética é a mais comum. Embora sua “popularidade” a condição não tem cura, mas seu desenvolvimento pode ser retardado com alguns tratamentos específicos.
Existem cinco tipos de alopecia. Cada uma com causas e características diferentes, podendo conter curas e formas de prevenção. São elas:
Além da alopecia, a calvície também pode ser resultado de outras condições, como câncer, efeitos colaterais do uso de medicamentos, condições da tireoide, esteroides anabolizantes, condições fúngicas do couro cabeludo ou distúrbios nutricionais.
Perder o cabelo é normal — é estimado que as pessoas percam cerca de 50 a 100 fios por dia, contudo, a calvície ocorre quando fios novos não substituem os que caíram.
Cada folículo capilar é responsável pela produção de fios por 2 a 6 anos, entrando em um período de descanso que é seguido pela queda dos fios. Entretanto, como os mais de 100 mil folículos possuem períodos de descanso diferentes, a queda normalmente não é perceptível na maioria das pessoas.
Após algumas pesquisas na área, cientistas afirmam que a calvície ocorre a partir de um fenômeno chamado de miniaturização. Nesse processo, os folículos capilares tornam-se sensíveis às ações da dihidrotestosterona (DHT) — um hormônio que é convertido da testosterona com a ajuda de uma enzima mantida nas glândulas sebáceas do folículo.
Desse modo, a DHT encontra receptores nos folículos capilares e os encolhe. Consequentemente, os fios produzidos após o processo de miniaturização são mais finos e crescem por períodos menores. Eventualmente, o cabelo para de crescer e a calvície torna-se perceptível.
Nos homens, a perda de cabelo começa acima das têmporas, recuando ao longo do tempo para formar um formato de “M”. A sua progressão natural também pode eliminar ou diminuir a maioria dos fios no topo da cabeça.
Já nas mulheres, a linha do cabelo não retrocede e raramente resulta em calvície total, porém, os fios afinam por toda a cabeça.
A maioria dos tratamentos para calvície controlam a queda de cabelo, mas não são soluções permanentes que podem acabar com o problema. Em geral, o medicamento mais popular na área é o minoxidil, que aumenta o fluxo sanguíneo no couro cabeludo e estimula o crescimento de novos fios.
No entanto, o minoxidil não possui um efeito nos hormônios associados à calvície. Portanto, oferece benefícios temporários. Desse modo, o medicamento é majoritariamente utilizado no tratamento de queda capilar menos severa.
O finasterida é um medicamento de uso oral utilizado nos primeiros estágios da calvície, para retardar o progresso da condição. Diferentemente do minoxidil, o remédio atua diretamente nos hormônios, inibindo a 5-alfa-redutase tipo II, que é a enzima responsável pela conversão da testosterona no DHT — e previne que os folículos capilares sejam afetados pelo hormônio.
Entretanto, o finasterida só é vendido a partir da prescrição médica. Já o minoxidil, em concentrações mais baixas, é vendido livremente para o tratamento da condição.
A SCUBE3 é uma molécula produzida naturalmente pelas células da papila dérmica responsável pela sinalização de células-tronco capilares — que se dividem e anunciam o início do crescimento de novos cabelos. Por essa ação no crescimento dos fios, uma pesquisa realizada na Universidade da Califórnia, Irvine (UCI) acredita que a molécula pode ser uma cura para a calvície derivada da alopecia androgenética.
A pesquisa comprovou os efeitos do SCUBE3 na sinalização do crescimento do cabelo, possibilitando a exploração de outros tipos de tratamento para a condição.
O implante de cabelo é feito a partir da colheita de folículos da parte de trás da cabeça que são resistentes a DHT, que são transplantados para áreas calvas do couro cabeludo. Diferentemente de muitos outros tipos de tratamento, o transplante capilar possui efeitos duradouros e muitas vezes reconhecido como permanente.
Contudo, o procedimento é mais caro que o uso de medicamentos e pode resultar em outras complicações, como infecções e cicatrizes — que muitas vezes impedem o crescimento de cabelo em algumas áreas.
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