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Já considerou dividir a cama com o seu neném? Pense bem, a cama compartilhada com bebê pode oferecer riscos à criança

Querer manter uma cama compartilhada com bebê pode parecer natural para muitas mães. De fato, historicamente, a prática de compartilhar a cama é tão antiga quanto a espécie humana — segundo o antropólogo Melvin Konner, as mães Homo sapiens e seus recém-nascidos dormem juntos há mais de 200 mil anos. 

Além disso, recém-nascidos se beneficiam da proximidade de seus genitores, principalmente do contato pele a pele. Portanto, existe uma espécie de mutualidade entre essa relação. Os pais também querem manter contato com seus filhos frequentemente, principalmente durante a noite. 

Então porque tantos profissionais são contra essa prática? 

Dados da American Academy of Pediatrics (AAP) revelam que 60% dos casos de morte súbita e inesperada em bebês (SUID, na sigla em inglês) estão associados ao compartilhamento de camas e outras superfícies durante o sono. Ou seja, manter uma cama compartilhada com o bebê possui riscos à saúde da criança. 

No entanto, na maioria desses casos, foram observadas inúmeras práticas de sono inapropriadas que iam além do compartilhamento da superfície em si. Desse modo, em vez de rejeitar totalmente a prática, acredita-se que os profissionais de saúde poderiam educar os pais sobre métodos mais seguros de dividir a cama com os bebês. 

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Os riscos da cama compartilhada com bebê

Como já mencionado, a cama compartilhada pode aumentar o risco de morte súbita e inesperada em bebês — sendo responsável pela maioria dos casos observados nos Estados Unidos. 

Roupas de cama macias ou soltas, travesseiros, sofás, cadeiras e colchões de cama para adultos representam riscos potenciais de asfixia para bebês. Também é possível que uma criança fique presa ou presa entre um colchão e uma parede ou cabeceira.

Quando um bebê dorme na cama com os pais, também há um risco adicional de asfixia resultante dos movimentos que ocorrem durante o sono. Pais muito cansados ​​e um estado de sono profundo podem rolar sobre a criança, comprometendo a segurança do bebê. 

Quando o bebê não pode dormir na cama com os pais?

Embora existam métodos seguros que possibilitam a cama compartilhada entre pais e filhos, especialistas não recomendam a prática em alguns casos. Segundo o guia da Lullaby Trust, a cama compartilhada é perigosa se a pessoa que compartilha a cama com a criança:

  • Consumiu bebidas alcoólicas; 
  • Fuma; 
  • Faz o uso de medicamentos que causam sonolência. 

Bebês que nasceram prematuramente (antes de 37 semanas de gravidez), que pesavam menos de 2,5 kg quando nasceram ou que foram expostos ao fumo durante a gestação também não devem compartilhar a cama com os pais. 

Quando é seguro fazer cama compartilhada?

Devido aos riscos, por muito tempo foi solidificado que o bebê deve dormir sozinho em um berço equipado com roupas de cama específicas. Porém, as necessidades de manter uma cama compartilhada com bebê são um reflexo da cultura humana e de cada família. 

“Os bebês humanos buscam contato. O que eles mais precisam é dos corpos da mãe e do pai. Isso é bom para a fisiologia deles. É disso que depende a sua sobrevivência”, diz James J. McKenna, diretor do Laboratório de Sono Comportamental Mãe-Bebê da Universidade de Notre Dame e autor do livro “Safe Infant Sleep: Expert Answers to Your Cosleeping Questions”.

Pensando nisso, ele e seus colegas dedicaram seus estudos para descobrir o que acontece à noite quando uma mãe dorme com um bebê. Para isso, foram observados fatores como a frequência cardíaca, padrões respiratórios, movimentos torácicos, temperaturas corporais, ondas cerebrais e até mesmo os níveis de dióxido de carbono entre os rostos das mães e dos bebês.

Foi observado que quando a mãe está amamentando, ela basicamente cria uma pequena concha ao redor do bebê.

Dentro dessa “concha”, o bebê ouve os batimentos cardíacos da mãe e, por sua vez, altera sua própria frequência cardíaca.  O bebê também ouve a respiração da mãe, que tem um ritmo semelhante aos sons que o bebê ouvia no útero.

Até os níveis de carbono podem oferecer benefícios às crianças. Segundo McKenna, o gás estimula a respiração do bebê.

Finalmente, também foi evidenciado que os bebês amamentados no estudo não se mexem constantemente durante o sono na cama compartilhada. Em vez disso, os recém-nascidos permanecem focados num único local: “Os bebês ficam basicamente olhando para o seio da mãe quase toda a noite”, diz McKenna.

cama compartilhada com bebê
Foto de Isaac Del Toro na Unsplash

Como compartilhar a cama com o seu bebê de forma segura

Para manter a cama compartilhada com bebê de uma forma segura, siga o guia oferecido pela Lullaby Trust

  • O bebê sempre deve estar deitado de costas em uma superfície plana, sem áreas elevadas ou almofadadas. As vias respiratórias de bebês são delicadas e podem facilmente ser bloqueadas. Uma superfície plana e desobstruída para dormir ajuda a manter as vias respiratórias do bebê desobstruídas e abertas.
  • Mantenha travesseiros, roupas de cama de adulto e quaisquer outros itens que possam cobrir a cabeça do bebê ou causar superaquecimento longe da criança. Grande parte dos bebês que morrem em consequência de SUID são encontrados com a cabeça coberta por lençóis soltos.
  • Remova cabeceiras de ripas/decoradas.
  • Não leve outras crianças ou animais de estimação para a cama com você. Isto ajudará a reduzir o risco de acidentes.
  • Verifique se o bebê não pode ficar preso na estrutura da cama ou na cabeceira, cair da cama ou ficar preso entre o colchão e a parede.
  • Nunca deixe o bebê sozinho na cama de um adulto.

É importante considerar quaisquer riscos que uma cama de adulto possa representar para o bebê. À medida que a criança se desenvolve, ganha mais mobilidade e se movimenta, os riscos podem mudar, por isso é recomendado verificar regularmente a sua cama para evitar possíveis acidentes.


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