Você já experimentou uma camiseta de algodão orgânico? Elas possuem muitas vantagens em comparação com peças feitas do modo tradicional.
Quando você usa uma roupa de algodão comum – seja saia, camisa, vestido, calça ou qualquer outra peça do seu vestuário – tenha em mente que há uma inserção enorme de substâncias químicas desde o plantio. Mesmo na produção do tecido, a fibra pode ser lavada, mas nem todo agrotóxico sai. E depois ainda são utilizados mais materiais químicos nocivos que irão sair a cada lavagem da roupa.
Na indústria têxtil, o processo de tingimento muitas vezes utiliza corantes artificiais ou tintas com metais pesados que podem causar irritações na pele ou até mesmo câncer. Se isso tudo pode acontecer com um adulto (seja de pele sensível ou não), imagine com bebês! Marcas que se preocupam com a sustentabilidade da moda muitas vezes utilizam tingimento natural, dando um colorido especial às roupas.
O algodão orgânico, assim como outros produtos agrícolas orgânicos, é livre de agrotóxicos, pesticidas e de químicos nocivos desde o cultivo, evitando males à saúde dos produtores e dos consumidores. As plantações de algodão orgânico utilizam o sistema de rotação de culturas, além de terem – em relação ao convencional – uma menor pegada hídrica, menor emissão de gases poluentes, e menores acidificação do solo e eutrofização (processos pelos quais os compostos químicos dos fertilizantes podem poluir o ar e as águas de lagos, rios e lençóis freáticos).
Tudo isso faz com que camisetas de algodão orgânico e outras peças sejam muito menos prejudiciais ao meio ambiente e tenham um impacto menor sobre o aquecimento global.
Sem o uso de pesticidas, a produção de tecidos orgânicos evita as pragas com recursos da própria natureza. Contra insetos indesejáveis, há duas opções: inserir espécies predatórias que, ao mesmo tempo, sejam benéficas para plantas; ou colocar outro tipo de planta que seja mais atraente para eles. Já as ervas daninhas são retiradas manualmente.
Com isso, algumas indústrias têxteis passaram a adotar fibras sustentáveis – o algodão orgânico, por exemplo – como matéria-prima dos tecidos, e também a mudar algumas condutas para terem uma pegada ecológica menor. Para evitar desperdícios, há o reaproveitamento da água, uso de cera de abelha no lugar da graxa de parafina em seus teares e o não uso de produtos químicos durante a sua produção. Tudo isso diminui a emissão de poluentes e problemas de saúde – tanto a do trabalhador quanto a do consumidor do tecido.
A vantagem não é só na saúde, mas também no mercado que é fair trade (do inglês, comércio justo). É uma forma de comercialização criada na década de 1960 para uma melhor relação entre consumidor e fornecedor no âmbito do desenvolvimento sustentável, muitas vezes estabelecendo um contato direto entre eles, sem intermediários e com respeito às normas de produção e leis (tributárias, trabalhistas e importação).
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