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Entenda mais sobre a formação de um cânion e suas características

Cânion é um vale profundo e estreito formado a partir de intemperismo e erosão de ventos, chuvas ou atividades tectônicas. Através da incidência desses fenômenos, as formações rochosas que compõem um cânion são alteradas com o tempo, dando origem a formação característica desses locais. 

O tipo mais comum de cânion é aquele formado pela passagem de rios. A constante pressão e movimentação da água faz com que sedimentos de rochas sejam levados pela correnteza, criando canais profundos e estreitos. Esses rios localizados no fundo de cânions são conhecidos como rios entrincheirados. 

Eles existem no mundo todo, em países como os Estados Unidos, China, México, Namíbia e no Brasil. São mais comuns em áreas de clima árido e semiárido, que são locais mais vulneráveis aos efeitos do intemperismo e da erosão. 

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Como são formados 

Os cânions, muitas vezes, também são compostos por planaltos, montanhas e colinas, além de seus característicos vales. Essas formações altas são, na maioria das vezes, resultantes de atividades tectônicas. Quando placas tectônicas sob a crosta terrestre se deslocam e colidem, o movimento pode alterar a paisagem da área, formando elevações e outras formações.

No entanto, o intemperismo e a erosão agem na formação dos vales. No inverno, a água penetra nas rachaduras da rocha, congela e se expande. A partir disso, o gelo força com que novas fissuras abram, criando novas formações e erodindo pedaços de pedra no processo.

Assim, chuvas e outros fenômenos naturais efetivam a sedimentação de outros pedaços de rocha, que caem e dão a aparência característica de um cânion — com o topo largo e o fundo estreito. 

Outra formação comum é o cânion submarino, que pode ser formado tanto pela erosão decorrente da sedimentação de rochas pela própria correnteza ou por rios que fluíam durante períodos em que o nível do mar era mais baixo.

Cânions e sua importância na história

O estudo de cânions possibilita novos entendimentos sobre a Terra. Ao analisar essas formações, especialistas podem determinar possíveis alterações do clima ao longo da história, que tipo de organismo estava vivo em certas épocas e como a erosão pode futuramente afetar esses locais. 

Alguns cânions também são essenciais para a paleontologia. Como são mais comuns em locais secos e quentes, possibilitam uma melhor preservação de fósseis. Assim, paleontólogos e outros profissionais trabalham frequentemente nessas áreas. 

Tipos de erosão
Conheça os principais tipos de erosão

Grand Canyon 

Localizado no Arizona, nos Estados Unidos, o Grand Canyon é o cânion mais conhecido do mundo, sendo considerado uma das sete maravilhas naturais do mundo. Se estendendo por 446 quilômetros, a profundidade do Grand Canyon pode variar de acordo com o local analisado. Porém, sua profundidade máxima é de aproximadamente 1.826 quilômetros. 

Ele foi formado majoritariamente por influência do rio Colorado e por elevação tectônica. Contudo, padrões de erosão atuais continuam moldando-o. 

Um ponto turístico, o cânion recebe até 5 milhões de turistas por ano, que podem observar 2 bilhões de anos de geologia exposta através de caminhadas, trilhas ou passeios turísticos. 

Imagem de Gert Boers no Unsplash

Cânions no Brasil

O Brasil possui diversos cânions que podem ser visitados e apreciados. Conheça alguns desses pontos: 

  • Itaimbezinho (Cânion de Itaimbezinho), divisa entre Rio Grande do Sul e Santa Catarina
  • Cânion do Xingó, entre Sergipe e Alagoas 
  • Cânion Fortaleza, Rio Grande do Sul
  • Cânion Guartelá, Paraná 
  • Cânion do Rio Espalhado, Bahia

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