Foto: Mariano Mantel/Flickr/CC
Oslo, a capital da Noruega, anunciou recentemente que irá livrar sua zona central do tráfego de carros e construirá ao menos 60 quilômetros de faixas para bicicletas até 2019.
A informação é do recém-eleito conselho da cidade, que é formado por membros do Partido Trabalhista Norueguês, Partido Verde e Partido da Esquerda Socialista.
“Queremos um centro livre de carros e melhorar a região para pedestres, ciclistas”, explicou à agência de notícias Reuters Lan Marie Nguyen Berg, uma das líderes dessa proposta e membro do Partido Verde do país.
Embora não tenham sido detalhados, os investimentos no transporte público local estão previstos – ônibus e bondes devem continuar funcionando normalmente. Um plano específico para atender ao comércio local e pessoas com deficiências também será desenvolvido.
A medida tem a meta de reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) em 50% até 2020, em relação aos níveis emitidos em 1990. Até 2019, o novo conselho estima uma redução geral de 20% no tráfego de carros por toda Oslo. Em 2030, esperam atingir 30%.
Uma vez aplicada, Oslo será a primeira capital europeia a adotar uma política permanente de proibição de carros. Em caráter temporário, medida similar virou realidade em Paris no mês passado, quando as ruas de 11 bairros foram fechadas para automóveis. Na ocasião, foi registrada a redução de 20% a 40% nas emissões de gases poluentes.
Contudo, a ideia de abolir os carros da zona central não foi bem vista pelos donos de estabelecimentos comerciais da capital norueguesa. Segundo informou o The Guardian, 11 dos 57 shoppings centers de Oslo estão localizados justamente nessa região.
Oslo tem uma população de cerca de 620 mil pessoas. Na região central, estima-se que o número de habitantes não ultrapasse a marca os mil. Todavia, a área é diariamente frequentada por 90 mil pessoas que trabalham em escritórios e estabelecimentos comerciais lá baseados. A cidade conta com 350 mil carros e a maioria deles está registrada nos seus arredores.
Fontes: Reuters, The Guardian e EcoD
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