Esperar para revelar uma foto, usar disquetes para guardar informações, rebobinar uma fita cassete antes de devolver, para não levar bronca do dono da locadora. Muitas coisas que nos habituamos a fazer durante um bom tempo de nossas vidas ficaram obsoletas. Usar telefones públicos, os populares “orelhões”, também faz parte desta lista.
Se formos enumerar as utilidades dos orelhões hoje em dia, veremos que fazer ligações é uma das últimas. Ele serve como plataforma para os mais variados anúncios, feitos com pequenos adesivos; e também como sanitário e poleiro para pombos.
Mas se depender de alguns participantes de um tradicional concurso de Nova Iorque, isso vai mudar logo. A ideia proposta é de transformar os orelhões em carregadores de carros elétricos.
A localização dos carregadores é um grande problema para o uso desse tipo de veículo nas grandes cidades, uma vez que, além de custar caro construir estações de recarga nas calçadas, há escassez de estacionamentos. Sendo assim, reutilizar os telefones públicos baratearia bastante esse processo.
Em cidades como Nova Iorque, as pessoas não têm garagem ou espaço para instalar carregadores. Dessa forma, precisam usar os disponíveis nas ruas – que são poucos. Isso dificulta muito a venda, e, consequentemente, o uso de carros elétricos.
O único revés nessa nova ideia seria o fato de que as cabines telefônicas possuem uma capacidade de carga menos intensa que os novos carregadores e, por conta disso, recarregar um veículo levaria algumas horas, o que demoraria apenas 15 minutos nas estações comuns.
Porém, para aqueles que conseguem achar vagas para deixar seus carros estacionados na rua e fazem isso várias vezes ao dia, a transformação dos orelhões em estações de carga poderia ser uma boa: com vários carregadores espalhados por aí, é possível recarregar seu veículo um pouquinho em cada lugar, caso não seja possível monopolizar uma vaga.
Se o projeto de reutilizar as ultrapassadas cabines telefônicas sair do papel, o mercado de carros elétricos nos EUA poderá ganhar mais espaço. Além disso, um exemplo de sucesso poderia ser copiado em outros países, ajudando o desenvolvimento de uma mentalidade sustentável nas grandes cidades. Como diria o poeta, “sem renovação não há transformação. Sem transformação não há evolução”.
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