Uma nova forma de remover metais pesados das águas de efluentes industriais foi descoberta por pesquisadores do instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista (IB-Unesp). O experimento (que foi realizado na cidade de Araraquara, em São Paulo) usou como filtro o pó das folhas de mamona (Ricinus communis).
Segundo Gustavo Castro, professor do IB-Unesp e coordenador do estudo, “A mamona é rica em proteína e, por isso, é usada na alimentação animal. Ao analisarmos essas proteínas, pensamos em usá-las como filtro e acabou dando certo”. Ele ainda explica como o processo foi feito. “As folhas secas e moídas da planta, depois de lavadas em água e álcool, foram capazes de adsorver cádmio, chumbo, mercúrio, cobre e zinco”, disse.
O processo de adsorção significa, neste caso, que os metais ficaram retidos na superfície do filtro de mamona por meio de uma interação química. Além de ser um material simples e de baixo custo, ele também pode ser reutilizado por até 18 vezes.
Além da casca da banana e do pó da folha de mamona, ainda existe um processo de descontaminação do solo que contém metais pesados baseado no uso de húmus/
Os metais pesados são definidos como um grupo de elementos situados entre o cobre e o chumbo na tabela periódica e são essenciais para o crescimento de todos os tipos de organismos, desde as bactérias até mesmo o ser humano. Porém, é importante ressaltar que só possuem esse aspectos positivos quando requeridos em baixas concentrações, caso contrário, podem danificar sistemas biológicos. São exemplos de metais pesados: cobalto, cobre, manganês, molibdênio, vanádio, estrôncio, e zinco.
Níveis excessivos desses elementos podem ser extremamente tóxicos. Outros metais pesados, como mercúrio, chumbo e cádmio não possuem nenhuma função dentro dos organismos e a sua acumulação pode provocar graves doenças, sobretudo nos mamíferos (veja aqui).
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