Uma pesquisa publicada pelo O Jornal de Mudanças Climáticas e Saúde dos Estados Unidos comprovou o efeito negativo da crise climática na saúde mental. No estudo feito pela Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá, os residentes se mostraram mais preocupados e ansiosos diante do aumento de temperatura na América do Norte que ocorreu no final de junho de 2021.
Residentes da província canadense Colúmbia Britânica foram afetados por uma onda de calor que chegou a atingir cerca de 48ºC. Especialistas estimam que centenas de pessoas morreram por conta do desastre.
O aumento da temperatura não foi limitado apenas à Colúmbia Britânica. A onda de calor se alastrou por outras partes da América do Norte, incluindo os Estados Unidos. As temperaturas registradas para esse período foram entre 42ºC a 48ºC.
De acordo com especialistas, esse aumento brusco não teria sido possível sem a influência do aquecimento global.
A preocupação diante dos desastres naturais e crise climática decorrentes do aquecimento global não são eventos recentes. Por isso, o termo “eco-ansiedade” foi criado, ajudando a categorizar diversas pessoas que compartilham do mesmo medo.
A eco-ansiedade é a resposta natural do ser humano para as ameaças infligidas pelas mudanças climáticas. Porém, por ser algo muito específico e por ser o resultado de algo que, atualmente é inevitável, não existe uma orientação formal sobre como as pessoas podem lidar de com esses impactos na saúde mental.
A pesquisa inicial, que teve início em 2019, foi apenas o início para a coleta de dados. Quando a onda de calor aconteceu, os pesquisadores do estudo divulgaram o questionário da pesquisa mais uma vez, reunindo respostas mais atuais.
Os resultados da pesquisa comprovaram que essa ansiedade é mais provável de acontecer quando indivíduos vivenciam os efeitos do aquecimento global. Por exemplo, os residentes da Colúmbia Britânica se mostraram mais preocupados após a onda de calor de 2021.
Além disso, foi possível afirmar que os participantes da pesquisa se preocupavam com o possível impacto do aquecimento global nos seus empregos e lugares onde moram.
Os efeitos negativos da crise climática não são homogêneos. Parte da pesquisa também indica que existem pessoas mais vulneráveis a esses efeitos. Entre elas, foram considerados grupos indígenas, moradores de rua, pessoas racializadas e comunidades de baixa renda.
Isso se dá pelo racismo ambiental, que também pesa a balança para os efeitos negativos que a saúde mental pode ter no indivíduo.
De acordo com a Associação Americana de Psicologia, eventos resultantes da mudança climática podem impactar a saúde mental de diversas formas. Trauma, transtorno do estresse pós-traumático, ansiedade e depressão são alguns dos transtornos mentais que podem ser desenvolvidos.
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