O canabidiol (CBD) e o tetrahidrocanabinol (THC) são substâncias químicas encontradas na planta da cannabis sativa, também chamada de maconha. Apesar de ser conhecida no Brasil como uma droga ilícita, a maconha tem compostos químicos que podem ser usados em medicamentos e trazem diversos benefícios à saúde, o CBD e o THC são exemplos.
Devido ao seus usos na saúde humana, muitas pessoas confundem o CBD com o THC. Isso porque apesar de divergirem em várias características, ambos têm efeitos parecidos e podem até ser usados em conjunto.
O THC é uma substância psicoativa encontrada na cannabis sativa, a maconha. A sigla THC vem do nome tetrahidrocanabinol, ou tetrahidro-canabinol. No entanto, seu nome oficial é 6,6,9-trimetil-3-pentil-6H-dibenzo[b,d]piran-1-o, de acordo com as regras da química.
Essa substância é encontrada na planta, principalmente nas flores e na resina das plantas fêmeas. A concentração do THC na cannabis depende totalmente da qualidade do solo, do clima e da época de sua colheita.
Boa parte dos efeitos do uso da maconha são de responsabilidade do THC, devido as suas propriedades alucinógenas e a capacidade de modificar a atividade cerebral de um indivíduo. O tetrahidrocanabinol é responsável pelo sentimento de euforia deixado pela maconha, já que ele entra em contato com o organismo e ajuda a liberar dopamina no corpo.
Em alguns países, incluindo no Brasil, o uso de THC é regularizado como componente de medicamentos específicos.
O canabidiol, por sua vez, é extraído de uma espécie de cannabis que contém pequenas quantidades de THC. Os efeitos do CBD são diferentes do tetrahidrocanabinol, ele não causa a mesma euforia.
Assim como o THC, o canabidiol é usado na preparação de medicamentos, sendo alguns deles para o tratamento de condições como epilepsia, doença de Crohn, ansiedade e dores musculares.
A maior parte dos produtos que contêm canabidiol também englobam um pouco de THC. Porém, a quantidade é reduzida. Como nem todas as pessoas recebem o THC tão bem quanto o CBD, as embalagens de remédios precisam apontar a quantidade de tetrahidrocanabinol em sua composição.
Tanto o CBD, quanto o THC, afeta o sistema endocanabinóide, que tem um papel importante na manutenção da homeostase. Ainda são necessários mais estudos sobre o assunto, mas especialistas acreditam que esse sistema está associado com a memória, o apetite, o sono, o humor e a fertilidade.
Apesar de algumas similaridades, o CBD e o THC têm suas diferenças, confira a seguir:
O CBD e o THC têm seus efeitos únicos no corpo humano. O uso de THC pode causar euforia, confiança e bom humor. Ele também pode causar ansiedade extrema e paranoia, diferente do CBD.
Isso acontece porque o canabidiol não é psicoativo, o que significa que ele produz um sentimento de calma e tranquilidade. Ou seja, medicamentos à base de CBD são ideais para pessoas que sofrem com ansiedade ou que não conseguem lidar com os efeitos colaterais do THC.
Os benefícios do THC e do CBD são bem parecidos. No entanto, a maior diferença é como as pessoas reagem a eles. A maior parte das pessoas que não conseguem lidar com o uso de tetrahidrocanabinol lidam bem com o CBD.
No entanto, existem alguns produtos do canabidiol que contêm mais traços de THC do que o normal. Esses medicamentos são chamados de CBD de Espectro Total, que são benéficos para o tratamento de condições como dor crônica e insônia.
Quando se trata da saúde mental, alguns especialistas recomendam que o CBD seja usado no tratamento de depressão e o THC no tratamento de ansiedade. Afinal, os efeitos psicoativos dessa substância podem ajudar as pessoas com depressão a esquecer os problemas do dia a dia.
Em geral, os efeitos colaterais do uso constante de CBD e THC são incomuns, a não ser que a pessoa consuma grandes quantidades. É importante frisar que o uso dessas substâncias deve ser feito de maneira legal, sob orientação médica.
Em geral, recomenda-se o uso de THC para tratar condições físicas, e o CBD no tratamento de condições psicológicas. Converse com seu profissional de saúde e descubra quais medicamentos — legalizados no Brasil — possuem o canabidiol e o tetrahidrocanabinol.
Ainda são necessários mais estudos sobre os benefícios dessas substâncias da cannabis em certas doenças. Mas, algumas evidências já provaram sua eficácia no tratamento de:
CBD: ansiedade, depressão, inflamação, enxaqueca, transtorno de estresse pós-traumático e convulsões;
THC: glaucoma, insônia, náusea (principalmente durante o tratamento de câncer), dores associadas à artrite, fibromialgia e dores de cabeça, baixo apetite e tremores.
Outras condições que podem ser tratadas por ambas as substâncias são: sintomas de AIDS, dependência de opióides, síndrome do intestino irritado, síndrome do intestino inflamado, esclerose múltipla, dificuldades para dormir e transtornos relacionados ao movimento corporal.
O CBD e o THC são derivados da planta da maconha, mas podem ser encontrados na droga comercializada ilegalmente no Brasil. Apesar da droga ser derivada da cannabis, ela não é a planta em sua forma pura. Na verdade, ela costuma passar por um processamento e produção que pode alterar alguns de seus componentes.
Além disso, a maconha costuma ter mais THC do que outros produtos da cannabis. Isso significa que pode ter efeitos colaterais bem negativos em quem está tentando evitar a substância.
No território nacional, já existem medicamentos legalizados que utilizam as substâncias da cannabis para o tratamento das mais diversas doenças.
A maior parte dos testes de drogas não é feita para identificar o canabidiol, no entanto, esses testes podem identificar o THC. Isso acontece porque, além de ser psicoativa, a substância fica armazenada na gordura corporal, e pode ser detectada dias depois de ter sido usada pela última vez.
Alguns medicamentos e produtos que têm CBD em sua composição também podem ser identificados em testes de drogas. Afinal, eles podem conter uma pequena quantidade de THC. Também pode acontecer da embalagem informar menos tetrahidrocanabinol do que realmente existe no produto.
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