O centeio é um grão integral de nome científico Secale cereale. Apesar de sua produção ter ganhado força na mesma época que a cevada e o trigo, ele já era conhecido há mais de dois mil anos como uma “erva daninha”. Com um menor teor de glúten, o cereal é mais resistente e barato que outros e tem diversos benefícios para o organismo humano.
Apesar de estar associado a climas frios, o centeio começou a ser domesticado em altas temperaturas, no vale do rio Eufrates, na atual Síria. Acredita-se que esse processo de domesticação ocorreu por volta de 10.000 a.C e 6.600 a.C — quando começou a se espalhar pela Turquia.
O cereal ganhou fama na Europa central e passou a ser um alimento comum entre a população pobre por ser resistente a climas frios e solos pobres em nutrientes. A popularidade do grão entre os menos privilegiados fez com que a elite rejeitasse o alimento, o enxergando como um produto de baixa qualidade.
O avanço do uso de centeio se deu principalmente pelo seu rápido crescimento, sua resiliência a climas extremos, condições de seca e sua produção de baixo valor. Esses fatores tornaram o alimento uma opção barata para a indústria da pecuária (na criação de pastos e alimentação de animais) e da panificação.
Por esses motivos, o centeio é usado como vegetação de cobertura. Além disso, também é possível usar a planta para prevenir a erosão do solo e o crescimento de outras espécies indesejadas na plantação.
A semelhança do centeio com o trigo também tornou o cereal um produto comum na produção de pães e outras massas. Os principais subprodutos do centeio são:
Assim como o trigo e a cevada, o centeio possui diversas variedades que podem ser aplicadas e consumidas de formas diferentes. Confira a seguir algumas delas:
Plantação: costuma crescer no outono e é utilizada para a formação de pastos;
Grãos: são ricos em fibras e podem ser consumidos junto a outros cereais ou usados para produzir farinha de centeio;
Flocos de centeio: são criados através do cozimento dos grãos, que são deixados para secar;
Farinha branca: é a farinha refinada, comumente encontrada em mercados, que perde boa parte de seus nutrientes devido ao refinamento;
Centeio claro: não é considerada um grão integral, pois passa pelo refinamento, mas é mais escura por receber um adicional de farelo da planta;
Pumpernickel: nome dado a farinha de centeio que não passou pelo processo de refinamento;
Farinha escura: é considerada um grão integral por ainda conter o gérmen e o endosperma da planta. No entanto, existem variedades que são feitas com restos do refinamento da farinha branca, e por isso não podem ser consideradas 100% integrais;
O sabor do centeio é descrito como intenso e dominante, a não ser quando consumido com outros sabores fortes. Por isso,a maioria dos pães desse grão são acompanhados de condimentos como a mostarda, para gerar equilíbrio no paladar.
A intensidade do centeio também faz com que esse cereal seja utilizado para aprimorar o sabor de bebidas alcoólicas como o whisky e a cerveja.
A principal diferença é a quantidade de glúten em sua composição. Por ter menos glúten que o trigo, o centeio tem menor elasticidade e absorve mais líquidos. Isso faz com que alimentos preparados com esse cereal durem bastante tempo, porém também aumenta as chances da receita sair mais grudenta que o normal.
Porém, algumas farinhas de centeio, ou produtos feitos com esse ingrediente, contém um adicional de trigo para melhorar a textura. É importante lembrar que, mesmo com menor quantidade de glúten, o grão ainda tem um pouco da proteína, e deve ser evitado por pessoas com doença celíaca ou alergias.
Rico em fibra: o grão contém um valor considerável de fibras alimentares, que beneficiam a saúde intestinal e aumentam a sensação de saciedade — e como consequência ajudam na perda de peso;
Índice glicémico baixo: a viscosidade do centeio faz com que ele seja de difícil digestão, por isso, os níveis de glicose no sangue não aumentam muito depois do consumo;
Reduz o colesterol “ruim”: as beta-glucanas (um tipo de fibra), encontradas na farinha de centeio, reduzem os níveis elevados de LDL no sangue;
Rico em vitaminas e minerais: o centeio tem 30% mais ferro que o trigo, além de ter duas vezes mais potássio. O grão também é rico em vitaminas do complexo B;
Contém antioxidantes: por ser rico em polifenóis, o centeio contém efeitos antioxidantes que ajudam no combate de radicais livres;
Utilizamos cookies para oferecer uma melhor experiência de navegação. Ao navegar pelo site você concorda com o uso dos mesmos.
Saiba mais