Cepa H5N1 da gripe aviária é encontrada no leite de vaca, alerta OMS

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) reportou na última sexta-feira (26) a detecção da cepa do vírus da gripe aviária H5N1 em concentrações alarmantes no leite cru de animais infectados. A descoberta levanta preocupações sobre a possível disseminação do vírus através deste meio, enquanto ainda há incertezas sobre a sobrevivência do vírus no leite.

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A gripe aviária A (H5N1) surgiu pela primeira vez em 1996, e desde então, o número de surtos em aves tem crescido exponencialmente, acompanhado por um aumento correspondente no contágio de mamíferos. A devastação causada pela estirpe é evidente, tendo levado à morte de dezenas de milhões de aves de criação, além de infectar aves selvagens e mamíferos terrestres e marinhos.

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Surpreendentemente, no mês passado, vacas e cabras foram adicionadas à lista de mamíferos infectados, o que pegou os especialistas de surpresa, já que não se considerava que esses animais fossem suscetíveis a esse tipo de gripe. O caso de uma pessoa que contraiu a gripe aviária após exposição ao gado em uma fazenda leiteira no Texas evidencia a transmissão da doença entre aves e mamíferos.

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Autoridades de saúde dos EUA confirmaram a transmissão do vírus de aves para vacas, entre vacas e até mesmo de vacas para aves durante os surtos atuais. Isso sugere que o vírus encontrou novas rotas de transmissão, desafiando o entendimento anterior.

O caso no Texas marca o segundo registro de um humano com teste positivo para gripe aviária nos Estados Unidos, após o adoecimento de rebanhos expostos a aves selvagens. A detecção do vírus no leite de animais infectados levanta preocupações adicionais sobre as medidas de segurança alimentar.

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Wenqing Zhang, chefe do programa global de gripe da OMS, alertou para a importância de práticas alimentares seguras, enfatizando o consumo de leite pasteurizado para evitar a propagação do vírus.

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Embora os casos humanos recentes tenham sido leves, a letalidade da cepa H5N1 permanece alta, com a OMS registrando 463 mortes de um total de 889 casos em 23 países até 1 de abril deste ano. No entanto, não há evidências até o momento de transmissão entre humanos.

Zhang destacou a importância de preparar vacinas contra o vírus H5N1, caso sejam necessárias.

Stella Legnaioli

Jornalista, gestora ambiental, ecofeminista, vegana e livre de glúten. Aceito convites para morar em uma ecovila :)

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