Por Nações Unidas Brasil | Lançado dia 7 de novembro, o novo relatório de perspectivas econômicas para a América Latina e Caribe traz uma análise dos benefícios que uma transição energética para fontes sustentáveis poderia trazer para a região, como por exemplo, um aumento de 10,5% no número de novos empregos até 2030.
Segundo o documento, a região está bem posicionada para embarcar em uma transição verde efetiva e acelerar o progresso em direção às suas metas de desenvolvimento econômico, social e ambiental, uma vez que a participação regional nas emissões globais de gases de efeito estufa é proporcional à sua participação no total da população mundial e é inferior às emissões per capita em outras regiões com níveis de desenvolvimento semelhantes.
Por outro lado, o relatório também destaca que não avançar neste tópico pode trazer enormes prejuízos. Treze dos 50 países mais afetados pelas mudanças climáticas estão na região da América Latina e Caribe. Para evitar este cenário, o documento fornece um relato detalhado das ações políticas robustas e abrangentes para promover transições justas e verdes em cinco áreas.
A nova edição do relatório “Latin American Economic Outlook” (LEO), indica que uma transição energética para fontes sustentáveis poderia aumentar 10,5% o número de novos empregos, até 2030, na América Latina e no Caribe (ALC). O documento ainda aponta que as mudanças climáticas, se não freadas, podem piorar significativamente as perspectivas econômicas em longo prazo e exacerbar as desigualdades na região. A proposta do relatório é que seja adotado urgentemente uma agenda verde ambiciosa e abrangente para que se enfrente as consequências e melhore o bem-estar de todos.
De acordo com a 15ª edição do relatório, o contexto deste ano de desaceleração econômica, a instabilidade internacional decorrida da guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia, o aumento das pressões inflacionárias e a redução do espaço de políticas macroeconômicas tornam mais difícil, para as economias da ALC, a retomada do caminho para o crescimento sustentável e a proteção dos mais vulneráveis. Por exemplo, estima-se que em 2022 as famílias vulneráveis na ALC enfrentaram um aumento médio de preços de 3,6 pontos percentuais.
Os choques ambientais agravam essas dificuldades. Treze dos 50 países mais afetados pelas mudanças climáticas estão na região da ALC. O LEO 2022 argumenta que buscar uma transição verde por meio de políticas ativas de mitigação e adaptação implementadas de maneira sistêmica pode tornar as sociedades da ALC mais resilientes às mudanças climáticas e promover um melhor desenvolvimento.
Progresso – O relatório apresenta os benefícios ambientais, sociais e econômicos que uma transição verde pode gerar. Por exemplo, investir em tecnologias renováveis pode não apenas reduzir substancialmente as emissões de gases de efeito estufa (GEE), mas também fornecer geração de energia de baixo custo e reduzir a dependência de produtos de combustíveis fósseis importados.
A região está bem posicionada para embarcar em uma transição verde efetiva e acelerar o progresso em direção às suas metas de desenvolvimento econômico, social e ambiental. A participação da ALC nas emissões globais de GEE é proporcional à sua participação no total da população mundial (8,4%), ligeiramente superior à sua participação no produto interno bruto (PIB) total (6,4%), mas inferior às emissões per capita em outras regiões com níveis de desenvolvimento semelhantes. Além disso, sua matriz energética é mais verde, pois os recursos de energia renovável representam 33% de sua oferta total de energia em comparação com 13% globalmente.
Nesse contexto, o LEO 2022 fornece um relato detalhado das ações políticas robustas e abrangentes para promover transições justas e verdes na ALC. Destacam-se cinco áreas prioritárias:
O LEO é produzido em conjunto pelo Centro de Desenvolvimento da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a Comissão Econômica das Nações Unidas para a América Latina e o Caribe (CEPAL), o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) e a Comissão Europeia.
Este texto foi originalmente publicado por Nações Unidas Brasil de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original. Este artigo não necessariamente representa a opinião do Portal eCycle.
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