A cesariana é uma cirurgia realizada durante o parto de uma criança. No procedimento, a barriga e o útero da mãe são cortados ao meio, com intuito de retirar o bebê. Existem diversos riscos durante a realização de uma cesariana. Por isso, ela só é recomendada quando for a opção mais segura para o nascimento do bebê.
A maior parte das cesarianas é iniciada com uma anestesia espinhal ou epidural. No entanto, em alguns casos, o médico ou médica pode aplicar uma anestesia geral. Na anestesia espinhal ou epidural, a parte de baixo do corpo da mãe vai deixar de sentir qualquer tipo de dor por algum tempo.
Para evitar que a pessoa olhe para o procedimento o tempo todo, uma tela é colocada sobre o corpo da mãe para que ela não veja a cesariana. Então, um corte de dez a 20 centímetros será feito na região baixa da barriga e do útero, para facilitar a retirada do bebê.
É possível que a grávida sinta algumas cutucadas ou puxadas durante esse procedimento. Em uma cesariana, sem muitos riscos, os pais da criança podem segurar o bebê assim que ele vier ao mundo. Porém, caso seja uma cesariana de emergência devido a uma ameaça à vida do bebê, ele será levado diretamente ao pediatra para sua reanimação.
O tempo de realização de uma cesariana é de pelo menos 40 a 50 minutos, e a anestesia geral só ér aplicada caso o bebê precise nascer rapidamente.
A paralisação do trabalho de parto é uma das causas mais comuns da realização da cesariana. Este tipo de parto acontece quando o colo do útero não se abre o suficiente, mesmo com as contrações fortes ao passar das horas.
Se o médico constatar que o bebê está apresentando um estado de saúde instável, desde uma alteração nos batimentos cardíacos até a falta de oxigênio, ele pode optar por uma cesariana de última hora.
A cesariana pode ser a cirurgia mais segura para que ocorra o nascimento de um bebê, se ele estiver com os pés ou nádegas virados para o canal de parto. No caso da criança estar posicionada com a lateral ou o ombro no canal (na transversal), a cesariana também pode ser realizada.
Se a pessoa estiver carregando gêmeos, e o primeiro bebê estiver em uma posição anormal, ela pode ter que passar por uma cesariana. No caso de trigêmeos ou mais bebês, a cesária também é recomendada.
No caso da placenta cobrir o colo do útero, chamada de placenta prévia, é recomendado uma cesariana no parto.
Em situações onde o cordão umbilical se enrolou na cabeça do bebê, passando pelo colo do útero, a cesariana pode ser recomendada pelo médico responsável pelo parto.
Condições de saúde severas, como problemas no coração ou no cérebro, podem fazer com que a grávida passe por uma cesariana em vez de um parto normal. Se a pessoa tiver herpes genital ativa ou HIV não tratada, a cesária também é recomendada.
Caso a pessoa tenha uma fibroide obstruindo o canal de parto; uma fratura pélvica grave; ou o bebê tenha uma cabeça muito grande, causada por condições como hidrocefalia, ela terá que passar pela cirurgia.
A junção de diversos fatores, como o tipo de incisão uterina e algumas condições de saúde, o médico responsável pelo parto pode recomendar a realização de outra cesariana.
Existem algumas recomendações que podem ser feitas antes da realização de uma cesariana. É preciso conversar com o anestesista responsável pelo parto a respeito das condições pré-existentes que podem afetar a aplicação da anestesia. Além disso, o profissional de saúde pode pedir uma série de exames de sangue para se certificar que a gestante tem as condições necessárias para passar por uma cirurgia.
Os testes costumam ser usados para verificar o tipo de sangue da pessoa e seus níveis de hemoglobina, para caso seja preciso uma transfusão inesperada durante a cesariana. Mesmo que você esteja se preparando para um parto normal, não elimine a possibilidade de uma cesariana de emergência. Converse com seu médico a respeito.
Nas semanas antes da realização do parto por cesariana, descanse bastante. Alguns outros preparos que podem acontecer antes da cirurgia são:
O parto de cesariana costuma levar mais tempo de recuperação do que o parto normal. É comum que a paciente fique no hospital três ou quatro dias depois da cirurgia da cesária, enquanto em um parto normal ela ficaria um ou dois dias.
A mãe pode apresentar desconforto no estômago alguns dias depois da cesariana. Remédios para dor podem ajudar na situação. Ao chegar em casa, é preciso evitar atividades que exijam força, como dirigir, até que você faça um check-up com o médico depois de seis semanas.
A cesariana é fechada com pontos que podem estourar caso a puérpera passe por grande estresse ou faça muita força. Depois de retirados os pontos, a cicatriz fica visível por um período curto de tempo, e vai sumindo conforme os anos forem passando.
Um pouco depois da cirurgia, os médicos recomendam que a puérpera faça muitas caminhadas e beba bastante água. Isso porque ela pode desenvolver constipação ou trombose depois da cesariana. Os profissionais de saúde também devem fornecer medicamentos para ajudar a lidar com a dor.
Infecção nos pontos: fique atenta aos sinais de infecção em seus pontos, se você apresentar vermelhidão, coceira, inchaço, vazamento de pus ou sangue, febre e piora nas dores, procure orientação médica;
Hemorragia pós-parto: a cesariana pode causar sangramento excessivo depois e durante o parto;
Coágulos de sangue: este tipo de cirurgia pode aumentar o risco do desenvolvimento de coágulos de sangue dentro de uma veia, especialmente nas pernas e nos órgãos da pelve. Se os coágulos de sangue viajarem até os pulmões, eles podem gerar embolia pulmonar, e causar danos sérios à saúde;
Reações à anestesia: qualquer tipo de anestesia pode causar reações alérgicas;
Infecções no útero: uma série de fatores de risco e a probabilidade de precisar de uma cesariana pode aumentar as chances de uma infecção no útero;
Lesões cirúrgicas: apesar de serem raras, lesões cirúrgicas podem acontecer durante uma cesariana. Se acontecer uma lesão na bexiga ou no intestino durante o parto, pode ser necessária a realização de outra cirurgia;
Gravidezes seguintes podem ser de risco: a cesariana pode fazer com que as gestações seguintes sejam de risco, principalmente se for escolhido o parto normal. Isso porque a cesariana pode causar placenta prévia, condição onde a placenta se liga à parede do útero de forma anormal. Nesta situação, o risco do útero se partir na linha da cicatriz da cesariana é grande, principalmente em um parto normal;
Câncer: Um estudo, publicado em 2022 pela revista Acta Paediatrica, mostrou que as cesarianas estão ligadas ao aumento de casos de câncer infantil. O tema ainda precisa ser mais estudado, mas já aponta um possível risco do procedimento.
A maioria dos médicos recomenda que a cesariana só seja realizada quando ela for necessária. No entanto, é possível solicitar esse procedimento em pessoas que podem ter partos normais. Essas mulheres precisam conversar com o médico ou médica responsável pela gravidez para ter certeza de que a cirurgia é adequada.
Caso o médico recuse realizar a cesariana, é possível pedir o acompanhamento de outro profissional. Porém, é preciso pensar e equilibrar todos os riscos de uma cesariana antes de optar por ela..
Lembre-se de sempre manter o acompanhamento médico depois da cesariana, se você apresentar mudanças de humor severas, perda de apetite, fadiga e uma redução significativa do sentimento de alegria depois do parto, procure orientação profissional. Esses são sintomas de depressão pós-parto e podem ser controlados com a ajuda de um terapeuta.
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