Chá de pitanga. Imagem editada e redimensionada de uma pitangueira, feita por Davi Peixoto, está disponível no Pixabay
O chá de pitanga é feito a partir da folha da pitangueira, uma árvore de nome científico Eugenia uniflora L., pertencente à família das mirtáceas. Ela é muito apreciada na medicina popular, usada no tratamento de condições como na prevenção da azia, ajudando a reduzir a pressão arterial e alívio da cólica, sintomas da bronquite e da dor de estômago.
Mas a pitanga também oferece benefícios por meio do consumo do suco da fruta e do uso do óleo essencial da folha.
Na mesma pitangueira, podem nascer pitangas nas cores verde, amarelo, laranja e vermelho intenso, de acordo com o grau de maturação. No Brasil, os frutos da pitangueira amadurecem em outubro.
O fruto da pitangueira, chamado de pitanga, não é comumente encontrado em mercados, pois se danifica facilmente no transporte, ficando muito mole. Entretanto, é muito fácil encontrar pés de pitanga no Brasil e a fruta é muito apreciada.
A pitanga é pequena, atingindo cerca de 2 centímetros a 4 centímetros de largura. Cada fruta tem sete ou oito “costelas” verticais, o que a torna semelhante à uma pequena abóbora.
Nativa da mata atlântica brasileira, a pitangueira pode ser encontrada desde a Paraíba até o Rio Grande do Sul. O nome pitanga tem origem no termo tupi “ybápytanga“, que significa “fruto avermelhado”.
A pitangueira pode atingir de dois a doze metros de altura. Além disso, também há cultivo de bonsai de pitanga, que não chega a atingir um metro de altura.
As flores que antecedem o nascimento da pitanga são brancas e servem de fonte de alimento (pólen) para as abelhas. Assim, exercendo um papel importante no equilíbrio ambiental.
O chá de pitanga, feito a partir de colheres de sopa de folhas da pitangueira, possui propriedades medicinais. A bebida é muito utilizada para tratar diarreia.
Para tratar diarreia não infecciosa, alguns estudos sugerem o preparo de chá de pitanga na proporção de três gramas de folha de pitanga (uma colher de sopa) para 150 ml de água fervente — cerca de uma xícara de chá. Para o modo de preparo, basta adicionar as folhas de pitanga ao líquido quente e deixar por alguns minutos, depois coar e deixar esfriar.
Nesses casos de diarreia, a indicação é utilizar 30 ml de chá de pitanga após a evacuação por até dez vezes ao dia.
Além do auxílio no tratamento da diarreia, existem outros benefícios do chá de pitanga. A pitanga pode ajudar no controle da diabete, uma vez que influencia a taxa de açúcar no sangue e das cólicas menstruais. Suas propriedades anti-inflamatórias também podem ser eficazes no tratamento da asma, bronquite e dores de garganta. Além disso, os efeitos calmantes dessa bebida podem aliviar alguns sintomas da ansiedade.
A pitanga é rica em antioxidantes e compostos fenólicos e ajuda a combater os radicais livres, que são responsáveis pelo envelhecimento precoce. Contudo, é importante lembrar que em casos de doenças crônicas, como a diabetes, o tratamento médico é indispensável. Assim, o consumo do chá deve ser feito de acordo com profissionais de saúde.
Em geral, a fruta é rica em vitaminas e minerais. Uma xícara (173 gramas) de pitanga contém aproximadamente:
O suco de pitanga também possui propriedades medicinais e é rico em vitamina C, que fortalece o sistema imunológico, e em vitaminas do complexo B. De acordo com um estudo, o suco de pitanga é composto por duas substâncias que têm importantes benefícios anti-inflamatórios, principalmente contra inflamações na gengiva
Segundo o estudo, ingerir suco de pitanga possui propriedades medicinais que ajudam a prevenir doenças periodontais relacionadas a inflamação por fungos e bactérias.
De acordo com outro estudo, o óleo essencial extraído da folha de pitanga possui ação antioxidante, além de propriedades antibacterianas e antifúngicas. Ou seja, elimina fungos e bactérias.
Os resultados do estudo mostraram que o óleo essencial de folha de pitanga apresenta atividade antimicrobiana contra duas importantes bactérias patogênicas:
Mas também contra dois fungos das espécies Candida, C. lipolytica e C. guilliermondii.
Para saber mais sobre os óleo essenciais, dê uma olhada na matéria: “O que são óleos essenciais e para que servem?“. E lembre-se: se persistirem os sintomas, procure ajuda médica.
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