O “cheiro de carro novo” se tornou sinônimo de luxo, mas é composto por uma variedade de substâncias químicas, principalmente pelos compostos orgânicos voláteis (VOCs), que podem ser muito perigosos.
Além de plástico e vinil, que são encontrados nos assentos e capô do carro, o formaldeído é o principal componente usado, comum nas madeiras de engenharia que compõe o painel e os bancos do automóvel. Os VOCs contidos na madeira escapam dos bancos e painéis, pois não requerem altas temperaturas para evaporar, liberando o cheiro tão característico dos carros novos.
O formaldeído é um composto carcinogênico para humanos e animais, pertencendo ao Grupo 1 de acordo com a Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer (IARC). Seu risco depende do tempo de exposição a que o ser humano está sujeito, da ventilação do local, da umidade do ar e da quantidade de fontes presentes, podendo causar de dores de cabeça a câncer e danos no sistema nervoso.
Após a devastação do furacão Katrina, nos Estados Unidos, muitas famílias perderam suas casas e foram morar em trailers disponibilizados pela Agência Federal de Emergência (FEMA). Após a mudança, as pessoas habitantes desses trailers começaram a desenvolver uma variedade de sintomas, como irritação nos olhos e nariz, ataques de asma, tosses e até câncer, isso porque essas casas móveis e sem ventilação adequada continham uma grande quantidade de madeira de engenharia. Elas são fontes de formaldeído e são usadas principalmente nas paredes e painéis do trailer.
Nos carros, esse perigo não é tão grande, já que não passamos tanto tempo dentro dos automóveis e por haver ventilação. Mas o fato é que inalar esses tipos de produtos não faz bem à saúde.
O “cheirinho do carro novo” não foi um objetivo a ser alcançado pelas empresas automobilísticas. No entanto, tornou-se algo cultural. Associado ao luxo e status, a fragrância impregnou os consumidores que desejam cada vez mais manter esse aroma em seus automóveis. Algumas empresas automobilísticas fabricaram sprays, que se tornaram perfumes para carros velhos ficarem com aroma de novos, chamando atenção dos consumidores e melhorando as vendas.
Por mais que esse famoso aroma possa trazer uma sensação prazerosa para o dono do automóvel, ele também pode acarretar riscos à saúde. Portanto, tente evitar ao máximo a exposição a esse tipo de produto. Abra mão dos “perfumes” para automóveis e opte por aromatizantes naturais.
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