O chimpanzé é um mamífero onívoro da espécie Pan troglodytes, mas que divide cerca de 98% dos genes com os seres humanos. Por isso, há quem acredite que esses animais deveriam ser pertencentes à espécie Homo. Nativos da África, o chimpanzé é um animal extremamente inteligente e social que foi declarado ameaçado de extinção em 1996.
É estimado que existam apenas cerca de 100 a 300 mil chimpanzés na natureza, tendo como predadores os humanos e leopardos.
Existem quatro subespécies de chimpanzés: ocidental, oriental, central e o Nigéria-Camarões. Na natureza, esses animais só podem ser encontrados na África. Esse animal é social e vivem em comunidades de até 150 indivíduos, porém essas comunidades são sociedades de fissão-fusão, o que significa que não ficam todos juntos ao mesmo tempo e criam subgrupos. Essas sociedades são lideradas por um alfa, comumente masculino, e seus outros aliados também masculinos.
Os chimpanzés também são tão característicos quanto os seres humanos, incluindo suas personalidades distintas. Acredita-se que as chimpanzés fêmeas são mais tímidas.
Um dos equívocos mais comuns em relação ao chimpanzé é de que ele é uma espécie de macaco. Macacos, embora sejam usados erroneamente para apelidar todo tipo de primata, são apenas aqueles que possuem rabos.
Cientistas do Projeto Chimpanzé de Ozouga conseguiram observar uma mãe chimpanzé medicar a ferida de sua cria com um inseto esmagado. Embora a similaridade com os humanos seja surpreendente, esses animais não são os primeiros a se medicarem.
A descoberta, porém, apresenta um fator a mais no fator social dos animais. Enquanto cachorros comem grama para aliviar sintomas de dor de barriga, esses chimpanzés medicam uns aos outros.
Embora não se saiba exatamente quais insetos são utilizados pelos chimpanzés, especialistas sugerem que seus usos incluem limpeza da ferida ou medicamento para a dor. Muitos insetos apresentam propriedades antibacterianas e antivirais e também são utilizados na medicina atual em diversos medicamentos.
Entre os riscos oferecidos à vida desses animais estão a caça e o desmatamento. De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), mais de 22 mil espécies de primatas foram perdidos pelo comércio ilegal entre 2005 e 2011, sendo 64% deles chimpanzés.
Na caça, o chimpanzé é um alvo por sua carne. A carne da caça de chimpanzé, por muito tempo, agiu como uma fonte de proteína para aqueles que viviam em florestas ou em áreas da África onde a existência desses primatas é comum. Porém, em tempos mais recentes, seu uso virou comercial.
Os caçadores têm como alvo mães recentes, que são usadas para suprir esse comércio de carne, enquanto seus filhotes são usados para o comércio ilegal de primatas — muitas vezes vendidos como “animais de estimação exóticos”.
Não é uma coincidência que esses mamíferos tenham entrado na lista de animais ameaçados de extinção em 1996. Até o começo dos anos 1990, as florestas habitadas por chimpanzés eram quase inacessíveis.
Porém, essas áreas logo foram povoadas e destinadas à exploração pelas mãos do ser humano. O que antes eram vastas áreas florestais se tornaram campos agrícolas, plantações ou de extração de madeira. Esse desmatamento destruiu os lares desses primatas, os tornando mais vulneráveis a caçadores e outros possíveis predadores, incluindo donos de fazendas que querem proteger suas plantações.
Além de se tornarem mais vulneráveis a predadores, a remoção dos chimpanzés de seus habitats naturais os deixam mais suscetíveis a serem contaminados por doenças humanas. A ebola e o antraz, por exemplo, já foram responsáveis pelo declínio de uma parte da população desses animais.
Instituições como o WWF criam programas de defesa dos chimpanzés, estabelecendo áreas de observação e proteção desses animais. Além disso, eles investem na área de ecoturismo, que serve tanto como conscientização para turistas quanto como uma arrecadação de fundos.
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