O maior consumidor de marfim do mundo, a China, anunciou, em 30 de dezembro de 2016, que vai proibir o comércio ou a transformação desse material até o fim de 2017.
“Para proteger melhor os elefantes e combater melhor o tráfico, [a China] vai parar progressivamente a venda e a transformação com fins comerciais do marfim e de objetos de marfim” até ao final de 2017, segundo um comunicado do Conselho de Estado do país.
De acordo com o mesmo texto, as atividades de um primeiro grupo de ateliês e vendedores devem ser encerradas até 31 de março.
No país, o marfim é muito procurado – o quilo pode chegar a custar mais de mil euros. Isso ocorre porque se trata de um símbolo de status social elevado localmente. Porém, esse fato leva a massacres de muitos elefantes na África, segundo organizações internacionais.
Entidades ambientalistas afirmam que mais de 20 mil elefantes foram abatidos em 2016 por causa do marfim. O World Wildlife Fund (WWF) afirma que restam apenas 415 mil exemplares de elefantes no mundo.
As organizações internacionais esperam agora que Hong Kong, uma região chinesa com administração especial, com autonomia com relação a Pequim, acabe com o comércio de marfim até 2021.
Entre 800 e 900 negócios de contrabando ilegal de marfim são descobertos todos os anos na China, segundo dados oficiais.
O segundo destino do marfim ilegal são os Estados Unidos que, em junho de 2016, anunciaram uma proibição quase total do comércio deste material oriundo de África. No entanto, há exceções, como as antiguidades.
Também a China continuará a permitir a venda de antiguidades em marfim devidamente identificadas e oriundas de “fontes legítimas”, garantiu o governo chinês.
Utilizamos cookies para oferecer uma melhor experiência de navegação. Ao navegar pelo site você concorda com o uso dos mesmos.
Saiba mais