Chumbo: metal pesado também é poluente atmosférico

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O chumbo é um metal pesado e elemento químico de símbolo (PB) pertencente ao grupo 14 da tabela periódica, de número atômico 82, conhecido como metal pesado, muito encontrado na crosta terrestre em estado sólido, mas em alguns processos acaba se transformando em um poluente atmosférico, classificado como perigoso devido ao seus potenciais efeitos tóxicos e por ser resistente à corrosão. Apesar de ser tóxico enquanto poluente atmosférico, o metal não se enquadra no grupo das substâncias que servem como indicadores de qualidade do ar e por isso não consta nos índices a respeito divulgados pela CETESB.

Como pode acontecer a contaminação por chumbo?

Além disso, poluentes perigosos como chumbo, benzeno, tolueno, xileno e materiais orgânicos policíclicos (cromo, cádmio) não são frequentes na atmosfera e sua ocorrência está mais relacionada à proximidade das áreas onde há processos produtivos que emitem essas substâncias.

O chumbo é liberado no meio ambiente através de processos industriais, principalmente nas indústria química, automotiva e atividades de construção e mineração. Os gases industriais com chumbo são transportados por poucos quilômetros e, ao se sedimentarem, podem contaminar ar, solo e água.

Nos centros urbanos, a poluição por esse metal pesado costumava acontecer por conta de veículos movidos a gasolina que continha compostos de chumbo. O potencial de propagação da substância na gasolina era de um raio de até 100 metros de distância, fazendo com que fosse necessária a introdução da gasolina sem chumbo, o que diminuiu significativamente os níveis do poluente na atmosfera.

O descarte incorreto de aparelhos eletrônicos é uma das formas de maior propagação do metal pela natureza. Os itens mais comuns que contêm chumbo são monitores de CRT, aparelhos de raio x e lâmpadas fluorescentes.

Efeitos

A contaminação por chumbo no meio ambiente prejudica a natureza e o ser humano, pois estamos no topo da cadeia e, ao ingerirmos alimentos contaminados, o chumbo pode ir se acumulando no nosso organismo graças a exposição ocupacional.

Um estudo aponta que as partículas de chumbo são inaladas como material particulado e vão se depositando nos pulmões, apesar de também poderem ser adquiridas pela via digestiva. A partir de então, ao serem absorvidas, o efeito cumulativo faz com que esses depósitos gradativos também se acumulem nos dentes e ossos e que haja desencadeamento de doenças e problemas na saúde humana .

Ao afetar o sangue, o chumbo pode causar anemia, degeneração das hemácias e interferir na produção de hemoglobina. No sistema nervoso central, observam-se neurites nos adultos e encefalopatias em crianças.

Como evitar

O Decreto Estadual nº 59113 de 23/04/2013 estabelece valores para emissão de chumbo, porém seu monitoramento se dá apenas em áreas especificas, a critério da Companhia de Tecnologia e Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Cetesb), sendo o padrão final, para médias aritméticas anuais, no estado de São Paulo, de 0,5 μg/m³ (microgramas por metro cúbico). Melhorar o monitoramento seria uma das maneiras de controlar a emissão, além de legislação mais rigorosa para as indústrias, com medidas de despoluição dos gases atingindo valores de padrão final menores.

Uma das medidas já adotadas foi a introdução da gasolina sem chumbo, mas a gasolina de aviação ainda possui o metal em sua composição. Isso afeta a saúde das pessoas que moram próximo a aeroportos, principalmente de crianças. Mas já existem alternativas de combustível aeronáutico que diminuem a quantidade de gasolina de aviação utilizada ou até mesmo a substituem totalmente.

Para ver mais dicas sobre como evitar o contato com o metal e com produtos que contêm chumbo e estão presentes no nosso dia a dia, confira a matéria:

Intoxicação por chumbo: o que é e como ocorre
Equipe eCycle

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