A chuva extrema é um fenômeno que ocorre quando cai muita chuva em um curto período de tempo. Devido aos impactos das mudanças climáticas, esse evento teve um aumento considerável no Brasil e em outras regiões do planeta. A chuva forte é responsável por aumentar os riscos de enchentes, deslizamentos e problemas elétricos em grandes centros urbanos.
Para entender como funciona a identificação de uma chuva extrema é necessário compreender o cálculo de chuva média das regiões.
Cada cidade ou estado tem uma média anual de chuva que cai durante o ano todo naquele território. O cálculo é feito da seguinte forma: cada milímetro de chuva equivale a 1 litro de água sobre uma área de um metro quadrado.
Na cidade de São Paulo a chuva média é de 1.600 milímetros por ano (1.600 litros). Em um dia em que a quantidade pluvial é de 630 milímetros, considera-se que ocorreu uma chuva extrema. Isso porque esse valor equivale a mais de 30% de toda a chuva que cairia no ano todo. Logo, a região recebe mais precipitação do que sua estrutura consegue aguentar.
Segundo relatório do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), no século XX praticamente não ocorriam chuvas extremas. Em contrapartida, nos últimos dez anos, elas têm ocorrido cerca de duas a cinco vezes mais.
Uma cidade que enfrenta chuvas extremas pode ser afetada em seus pontos mais fracos. Aqueles que vivem em regiões de risco de desastres são propensos a sofrerem mais com os efeitos negativos desse fenômeno.
Os principais impactos ambientais gerados pelas chuvas extremas são:
As mudanças climáticas têm causado dois grandes problemas no clima terrestre: a seca e as chuvas extremas. Isso acontece porque as alterações climáticas fazem com que a atmosfera fique mais quente e, consequentemente, armazene mais água do que ela consegue liberar em um curto espaço de tempo.
Conforme a temperatura do planeta sobe, a quantidade de chuvas extremas que acontece em uma região também aumenta. Assim, os riscos de catástrofes crescem e a população se encontra cada vez mais vulnerável aos fenômenos ambientais — que podem ter menos impacto com a ajuda de ações humanas sustentáveis.
Nos últimos anos, os modelos climáticos de resolução elevada melhoraram as representações da intensidade da precipitação extrema. Esse fator sugere que a precipitação extrema se tornará mais intensa com a continuação do aquecimento do planeta no futuro.
Ações humanas, desde aquelas realizadas por civis no dia a dia, até grandes comoções de governos, podem contribuir para a redução da temperatura global nas próximas décadas — ou até mesmo a manutenção da temperatura atual. Apenas dessa maneira é possível evitar os efeitos colaterais das chuvas extremas.
Os polos de resiliência são algumas das alternativas para lidar com as chuvas extremas — e outras catástrofes. Eles são estabelecimentos que servem comunidades com suporte e recursos e buscam reduzir as emissões de carbono enquanto melhoram a qualidade de vida da sociedade ao seu redor. Para saber mais a respeito confira a matéria: “Polos de resiliência: o que são e exemplos”.
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