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Novo projeto aposta em tecnologia que captura energia gerada por roupas para carregar celulares e outros dispositivos eletrônicos

Será que um dia uma jaqueta, uma calça jeans e um vestido poderão carregar seu telefone celular e outros dispositivos eletrônicos? Segundo uma equipe multidisciplinar de cientistas, a resposta é sim!

Os pesquisadores do Instituto de Pesquisa de Materiais Flexíveis da Universidade Heriot-Watt, no Reino Unido, estão por trás de um novo projeto para coletar a energia cinética gerada nas roupas por meio de nanotecnologia de última geração.

A ideia é criar um sistema de energia autônomo vestível baseado na fricção. Para isso, eles pretendem usar nanogeradores de última geração, projetados para capturar e reutilizar a energia cinética em materiais de vestuário criados conforme o usuário se move. Se forem bem-sucedidos, esses dispositivos minúsculos e discretos serão tecidos nas roupas do dia a dia.

A equipe afirma que sua tecnologia poderá estar disponível já em 2027 e ser capaz de alimentar uma série de dispositivos, como telefones celulares, relógios inteligentes e até tablets.

Da mesma forma que a eletricidade estática é criada, os cientistas procuram otimizar o atrito gerado entre dois materiais para gerar uma carga. Eles estão desenvolvendo um tecido flexível conhecido como nanogerador triboelétrico, ou TENG, para aproveitar e armazenar essa fonte de energia sustentável.

Tentativas anteriores de criar TENGs de tecido falharam em grande parte devido a eles serem incapazes de gerar energia adequada. Mas este último projeto visa usar materiais especializados para maximizar a fricção do tecido e projetar um TENG altamente eficiente com desempenho aprimorado.

O Professor George Stylios, da Escola de Têxteis e Design de Heriot-Watt, está liderando os aspectos têxteis do projeto. Ele investiga maneiras de desenvolver e integrar a tecnologia às roupas.

Ao jornal da universidade Heriot-Watt, Stylios diz que nós, seres humanos, gastamos coletivamente uma grande quantidade de energia enquanto nos movemos. “Então, por que não capturar essa energia e aplicá-la em bons usos?”, sugere.

Para ele, isso não só beneficiaria o planeta na luta contra as mudanças climáticas, mas também proporcionaria conveniência contínua para a vida das pessoas.

Embora a ideia de usar efetivamente a eletricidade armazenada possa parecer perigosa, o professor Stylios diz que não há nada a temer.

“Esta tecnologia é segura para usar e usar, uma vez que os níveis de saída de corrente são muito baixos, sem causar danos ao usuário”, garante. Ele explica que o foco seria em áreas de contato máximo do corpo, como na lateral dos cotovelos.

“Depois de gerar e armazenar essa energia, a questão é: como podemos transferi-la para dispositivos móveis? Temos algumas maneiras de fazer isso. Em primeiro lugar, podemos armazenar a eletricidade em uma pequena bateria de polímero na própria roupa, mas meu preferência é a segunda opção de transferir diretamente a eletricidade sem fio, simplesmente carregando nosso telefone no bolso”, conclui Stylios.


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