O CO2 para plantas é utilizado no processo de fotossíntese, tendo como produtos oxigênio (O2) e glicose. O oxigênio liberado pelos organismos fotossintetizantes é fundamental para a manutenção da vida no planeta na forma como a conhecemos. A obtenção de energia feita por meio da fotossíntese também é essencial para a manutenção da cadeia alimentar de diversas outras espécies de organismos.
Dessa forma, algumas pessoas argumentam que o excesso de CO2 na atmosfera, principal gás do efeito estufa, faz bem para as plantas. Mas, isso é verdade?
No geral, as plantas usam o CO2 (dióxido de carbono) e a radiação solar como alimento para produzir O2 e glicose. Esse processo é chamado de fotossíntese. O CO2, por sua vez, é emitido naturalmente por meio da respiração.
Ele também é um dos principais gases do efeito estufa e agravadores das mudanças climáticas, que causam enormes impactos ambientais. Sua emissão industrial deve-se principalmente pela queima de combustíveis fósseis, como petróleo e gás natural. Essa combustão serve para a geração de energia elétrica.
Negacionistas climáticos possuem diversos argumentos para que os seres humanos não precisem reduzir as suas emissões de carbono. Alguns afirmam que os níveis crescentes de CO2 beneficiam as plantas. Dessa forma, alegam que o aquecimento global não é tão mau como os cientistas proclamam.
Isso porque uma maior concentração de dióxido de carbono na nossa atmosfera ajudaria na fotossíntese, o que contribui para um maior crescimento das plantas. Como consequência, haveria um maior volume de produção de alimentos e uma melhor qualidade dos alimentos.
Mas, então, se o CO2 serve de alimento para as plantas, o aumento dos níveis desse gás na atmosfera é benéfico?
Um artigo publicado na revista científica Scientific American afirmou que se isolarmos uma folha em um laboratório e aumentarmos os níveis de CO2, a fotossíntese vai aumentar. Porém, os resultados obtidos em laboratório não necessariamente representam o mundo exterior.
Muitos outros fatores estão envolvidos no crescimento das plantas em florestas não cultivadas, campos e outros ecossistemas. Por exemplo, se a planta não possuir nitrogênio suficiente, sua capacidade de absorver CO2 e produzir biomassa é limitada. As plantas precisam do equilíbrio certo de nutrientes e água no solo para fazer com que o dióxido de carbono extra seja benéfico para sua sobrevivência e crescimento.
Cientistas também analisaram especificamente os efeitos do aumento de CO2 nas plantas agrícolas. Isso porque a falta de nitrogênio ou outros nutrientes não afeta tanto as plantas agrícolas como as selvagens, devido ao uso de fertilizantes. Como resultado, o CO2 em excesso aumentaria a produtividade de culturas como o trigo em cerca de 11,5%.
Entretanto, quanto mais CO2, menos benefícios se obtém. Embora o aumento do dióxido de carbono possa parecer uma vantagem para a agricultura, quaisquer potenciais efeitos positivos não podem ser considerados isoladamente.
As alterações climáticas, impulsionadas pelo excesso de CO2 na atmosfera, aprofundam as secas em alguns locais. Isso reduz o abastecimento de água das plantas e aumenta o risco de queimadas. Em outros locais, as plantas teriam que enfrentar desastres mais frequentes como:
Dessa forma, as consequências negativas provavelmente esmagariam quaisquer benefícios diretos que o aumento do CO2 pudesse oferecer à vida vegetal.
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