Cocolitóforos são fitoplânctons calcificadores presentes nos ambientes marinhos. Eles produzem cocólitos, estruturas calcificadas formadas por carbonato de cálcio. Os cocolitóforos são classificados em três grupos de acordo com a estrutura do cocólito produzido. Além disso, participam de ciclos biogeoquímicos como produtores de carbono, e são utilizados para estudos geológicos e de mudanças climáticas.
Os cocolitóforos são fitoplânctons, que são conjuntos de microalgas e cianobactérias presentes em ambientes aquáticos. Eles são organismos calcificadores e produtores de gás carbônico nas águas do oceano e são influenciados por alterações ambientais, como a acidificação dos oceanos.
Os cocolitóforos produzem cocólitos, que são estruturas formadas por carbonato de cálcio. Os cocolitóforos são organismos unicelulares formados por escamas e flagelos (estrutura móvel). A sua reprodução ocorre de forma assexuada, a partir de divisões do organismo, formando novos organismos.
Cocólitos auxiliam no transporte de carbono presente na superfície aquática, para o fundo dos oceanos. Além disso, a partir das diferentes morfologias de cocólitos, são classificados os cocolitóforos. Assim, os cocolitóforos são classificados em heterococólitos, pentalitos e holococólitos.
Os heterococólitos são formados por uma estrutura de cristais de vários tamanhos e são facilmente encontrados em estudos com fósseis. Eles podem ser utilizados para a caracterização de espécies e outros grupos, como famílias e gêneros.
Os pentalitos são estruturas pentagonais, formadas por cristais. Eles pertencem à família dos nannólitos.
Os holococólitos são formados por pequenos cristais de calcita, que podem ser quebrados com facilidade. Por isso, não são facilmente encontrados em registros fósseis,o que prejudica uma classificação precisa. Os cocolitóforos que produzem esse tipo de cocólito são chamados de holococolitóforos. Eles são classificados na família Calyptrosphaer-aceae.
Além de determinarem a classificação de cocolitóforos, os cocólitos contribuem para a produção de sedimentos no ambiente aquático. Assim, eles são importantes para estudos geológicos sobre a estrutura das rochas e a história dos oceanos.
Outra contribuição dos cocólitos é a produção de compostos lipídicos, que funcionam como biomarcadores. Eles possibilitam a identificação de características e alterações no ambiente, sendo utilizados para estudos sobre as mudanças climáticas.
Os cocólitos atuam em ciclos biogeoquímicos, como o ciclo do carbono. Nesse ciclo, durante o processo de calcificação dos cocólitos, ocorre a produção de gás carbônico. Além disso, com a ação do intemperismo químico, os cocólitos são fragmentados e contribuem para a liberação de carbono
Os cocolitóforos liberam cocólitos, que apresentam grandes quantidades de calcita, levando a sua calcificação. Condições de salinidade, temperatura, disponibilidade de nutrientes e a intensidade da luz afetam diretamente essa calcificação.
Além disso, a massa de cocólitos é alterada de acordo com a química do carbono e isso pode ser observado ao longo da história geológica. Altas concentrações de carbonato e baixa pressão parcial de dióxido de carbono resultam em uma maior massa de cocólitos. Essa condição ocorreu durante o período chamado de Último Máximo Glacial.
Já no período geológico Holoceno, essa massa foi reduzida, em decorrência do aumento da pressão parcial de dióxido de carbono. De acordo com um estudo, os fatores que têm maior influência sobre a calcificação são a concentração de carbonato no ambiente e o seu estado de saturação, sobretudo o estado da calcita.
A calcita é um carbonato de fórmula CaCO3. A sua saturação é afetada pelo processo de acidificação do oceano, o que interfere no processo de calcificação. A acidificação dos oceanos reduz a quantidade de calcita presente, levando à uma redução da calcificação.
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