Decomposição da celulose é a chave da inovação
Por incrível que pareça, a fralda descartável é um dos itens mais presentes nos aterros sanitários. Uma criança pode ser capaz de “contribuir” com uma tonelada de fraldas por ano. Para piorar, estima-se que para uma fralda se decompor sejam necessários 500 anos. Para saber mais sobre os problemas e descarte de fraldas descartáveis, confira a matéria “Fraldas descartáveis: práticas e pouco ecológicas. Conheça produção, impactos e alternativas“.
Pensando nisso, a cientista Alethia Vázquez-Morillas da Universidade Metropolitana Autônoma, da Cidade do México, no México, achou uma forma de transformar os 500 anos em apenas quatro meses, a partir da decomposição causada por cogumelos arredondados, os pleurotos, também conhecidos em muitos locais como cogumelo-ostra.
Esses cogumelos brotam em troncos de árvores e se alimentam de restos de matéria orgânica (celulose). Ora, como as fraldas têm grande quantidade de celulose, a junção dos dois pode degradar a celulose das fraldas em um nível de 90% em dois meses. Em quatro meses, a decomposição da celulose é total.
Os cogumelos podem não resolver o problema do lixo gerado pelo homem e o acúmulo cada vez mais acentuado de resíduos, por conta do excesso e também falta de estrutura dos aterros, mas eles podem ajudar a eliminar a grande quantidade de restos de fraldas que só poluem o meio ambiente e demoram para se decompor. Mesmo que os componentes químicos das fraldas não possam ser degradados com esse processo, um grande avanço rumo à reciclagem do objeto foi dado.