O colesterol é um álcool presente nas células que tem a importante função de transporte do plasma sanguíneo. O colesterol é essencial para a vida dos mamíferos, não sendo encontrado em nenhum produto de origem vegetal. Entretanto, existem dois tipos de colesterol, o bom e o ruim.
O colesterol ruim tem sido associado às principais causas de morte no mundo. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), nos últimos anos, as doenças crônicas são as que mais matam, sendo a doença cardíaca isquêmica e o acidente vascular cerebral as que lideram o topo. E ambas têm sido relacionadas ao colesterol alto (hipercolesterolemia), também conhecido como colesterol ruim.
Todos esses problemas podem estar ligados à má alimentação, como o consumo exagerado de cárneos (bacon, linguiças, churrasco, camarão, ostras, etc.), lácteos (queijos, creme de leite, manteiga, etc.), frituras, ovos (bolos, tortas), e industrializados em geral (sorvetes cremosos, pães, açúcar e arroz branco, por exemplo), mas também a outros hábitos de vida insalubres, como o consumo exagerado de álcool, café, cigarro, exposição à poluição atmosférica, entre outros.
Existem dois principais tipos de lipoproteínas que permitem o transporte do colesterol. E elas são classificadas de acordo com a sua densidade. Há o colesterol LDL, cuja sigla significa “lipoproteínas de baixa densidade” (em inglês: Low Density Lipoproteins ou LDL), e o colesterol HDL cuja sigla significa “lipoproteínas de alta densidade” (em inglês: (High Density Lipoproteins ou HDL).
O colesterol LDL, popularmente conhecido como colesterol ruim, de acordo com a hipótese de Rudolf Virchow, tem ações danosas nos vasos sanguíneos, sendo responsável pela formação de placas ateroscleróticas (ou, vulgarmente falando, placas de gordura).
O colesterol HDL é capaz de absorver cristais de colesterol que começam se depositam nas paredes de artérias e veias (retardando o processo arterosclerótico). E por isso ele tem sido chamado de “colesterol bom“.
Colesterol alterado (alto) é um indicativo de diminuição da expectativa de vida. Isso porque, ao longo dos anos, o colesterol elevado tem sido relacionado às mortes prematuras por doenças cardiovasculares, sendo maioria dos óbitos causada por ataque cardíaco (infarto) e por acidente vascular e cerebral – AVC (derrame cerebral.
De acordo com a OMS, altos valores de colesterol total, LDL e Triglicerídeos, e baixos valores de HDL são fatores de risco que levam ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
Tanto o infarto quanto o AVC ocorrem quando coágulos interrompem a circulação de sangue arterial, impedindo a transferência de oxigênio para o coração e para, respectivamente, o cérebro. A formação do coágulo ocorre dentro de um ateroma, que é uma placa de gordura, como resultado de um processo inflamatório, chamado de aterosclerose.
Um dos problemas relacionados ao colesterol alto é que ele não apresenta sintomas. Quando as consequências do colesterol alto chegam, pode ser tarde demais, por isso é bom ficar atento.
Para saber como anda seu colesterol é preciso fazer um exame que mede o nível de colesterol total no sangue.
O colesterol total é a soma do colesterol LDL, do colesterol HDL e de outra lipoproteína menos conhecida, o colesterol VLDL, cuja sigla significa “Lipoproteína de Densidade Muito Baixa”. O colesterol VLDL é secretado pelo fígado, transportado até os tecidos periféricos e é composto, em sua maior parte, por triglicerídeos.
Entre os remédios para colesterol recomendados por médicos e médicas estão o sinvastatina, reducofen, lipdil e lovacor, entre outros. Mas para além do tratamento convencional, e até mesmo como uma forma prevenção ao desenvolvimento de colesterol ruim, é preciso manter bons hábitos alimentares.
De acordo com os Arquivos Brasileiros de Cardiologia, o consumo de gordura saturada e gordura trans é classicamente relacionado com elevação do LDL-c plasmático e aumento de risco cardiovascular. A substituição de gordura saturada da dieta por mono e poli-insaturada é considerada uma estratégia para o melhor controle do colesterol alto.
Acredita-se que esses dois tipos de gordura aumentam o valor de colesterol HDL no sangue, o que permite a otimização do processo reverso do colesterol.
Entretanto, sobre esse aspecto, há controvérsia.
Alguns pesquisadores do tema afirmam que o problema não está nas gorduras saturadas (que podem ser encontradas no azeite e no óleo de coco, por exemplo), e sim na comida processada, na gordura hidrogenada, e no açúcar.
Além disso, um estudo publicado pela Annals of Internal Medicine aponta que uma dieta com baixa ingestão de carboidratos seria mais eficiente para a prevenção de doenças cardiovasculares. O estudo se baseia no princípio de que o fígado transforma todo o excedente alimentar em gordura, a qual será acumulada no tecido e pode iniciar processos de aterogênese. Assim, o que levaria ao aumento do LDL seria a alta disponibilidade de calorias no corpo, e não a origem da gordura.
De qualquer modo, o consenso é de que o balanceamento da dieta, o consumo de frutas e vegetais e a prática de atividade físicas e aeróbicas são estratégias eficientes para prevenção do desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
De acordo com o relatório publicado pela OMS, as medidas de prevenção ao colesterol alto são:
As frutas e os vegetais contém substâncias que protegem os vasos sanguíneos e os tecidos do cérebro e coração, ajudando a prevenir infartos e derrames, o ideal seria o consumo de algo em torno de 400 a 500 gramas. Ainda que a efetividade desse tipo de dieta varie de caso para caso, o consumo de frutas e vegetais garante a ingestão de micronutrientes essenciais para o organismo. Portanto, deve ser estimulada de qualquer forma.
Para saber mais sobre esse tema dê uma olhada na matéria:
As atividades físicas aeróbicas colaboram na manutenção do peso corpóreo, diminuem o nível de açúcar e gordura no sangue, reduzem a pressão arterial, melhoram a circulação sanguínea e fortalecem os músculos cardíacos; então também vale colocar em prática esse hábito.
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