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Política Nacional de Resíduos Sólidos foi aprovada em 2010 e precisa entrar em vigor até 2014

Se a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) foi um passo além para melhorias em questões como meio ambiente e consumo, o panorama não é tão animador para a efetivação do texto na prática. O relatório “Plano Nacional de Resíduos Sólidos: Diagnóstico dos Resíduos Urbanos, Agrosilvopastoris e a Questão dos Catadores”, lançado no dia 25 de abril, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), deixa os brasileiros preocupados. A dois anos do fim do prazo para a política entrar em vigor, a coleta seletiva chega a apenas 18% dos municípios do país, há quase 3 mil lixões para serem erradicados e ocorre um desperdício anual de mais de 16 mil megawatts com a falta de aproveitamento energético de resíduos de cana-de-açúcar (equivalente a uma usina de Itaipu).

Coleta seletiva

A coleta seletiva aumentou 120% nas 994 cidades que mantinham esse programa entre 2000 e 2008. Apesar da melhoria aparente, ainda é baixo o índice de reciclagem dos materiais mais simples de passarem por esse processo. No caso dos metais, das 9,8 milhões de toneladas de resíduos reciclados em um ano, apenas 0,7% foi recuperado pela coleta seletiva. Na reciclagem de 3,8 milhões toneladas de papel e papelão, a coleta seletiva respondeu por 7,5% e, no caso do plástico (962 mil toneladas/ano) e vidro (489 mil toneladas/ano), a recuperação dos materiais a partir da coleta seletiva foi pouco maior que 10%.

Segundo o instituto, “os números indicam que “a reciclagem no país ainda é mantida pela reciclagem pré-consumo e pela coleta pós-consumo informal”. A coleta regular (sem ser seletiva) atinge 90% dos domicílios brasileiros.

Lixões

O Brasil ainda tem 2.906 lixões distribuídos por 2.810 municípios que precisam ser erradicados até 2014.

De acordo com o estudo feito pelo órgão do governo federal, 74 mil toneladas por dia de resíduos e rejeitos são depositados em aterros controlados e lixões. Apesar de o volume ainda ser significativo, o estudo do Ipea aponta uma redução de 18% nesse tipo de destinação de resíduos em oito anos. A região Nordeste é a que abriga o maior número de municípios com lixões: são 1.598, o equivalente a 89% do total de cidades da região.

Desperdício de energia

No momento em que se realiza a construção de hidrelétricas na Amazônia, contestadas por ambientalistas, o comunicado do Ipea revela que o país desperdiça mais de uma usina de Itaipu em bagaço de cana-de-açúcar. As 201 mil toneladas de resíduos dessa cultura seriam suficientes para gerar 16.464 megawatts ao ano, mais que a maior hidrelétrica brasileira (14.000 megawatts).

“Para viabilizar uma maior disponibilização dessa energia para a rede elétrica, entretanto, será necessário vencer várias barreiras de ordem técnica, econômica e regulatória, sendo necessários mais incentivos econômicos para motivar os investimentos do setor privado nessa área”, dizem os pesquisadores.

Para acessar o relatório do IPEA, clique aqui. Para saber onde descartar resíduos, clique aqui.

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