Nas cidades de todo o mundo, grandes ou pequenas, existe muito espaço que poderia ser melhor aproveitado. Para além do déficit de moradia e da especulação imobiliária, algumas áreas normalmente pouco exploradas, poderiam ter algum valor adicional, como os telhados de prédios e galpões abandonados. Então imagine se fosse possível construir uma pequena fazenda com estufas nesses locais para produzir alimento livre de poluição, sem agrotóxicos e com muitos nutrientes.
“Mas e se eu for precisar do espaço para outra coisa depois”? Essa é a pergunta que o proprietário do local faria, pois a configuração urbana é muito instável, novas oportunidades poderiam surgir e não seria nada fácil retirar toda a plantação e investimento feitos. É aí que surge a inovação da companhia Cityblooms, da Califórnia (EUA): produzir uma minifazenda com estruturas leves e removíveis.
Ela pode ser montada em terrenos vazios, estacionamentos e, até mesmo, nos telhados dos prédios. O que facilita sua eficiência é que a estufa pode ser transportada de um lugar para outro sem muitas dificuldades.
Com terra, água e uma conexão de energia elétrica, as estufas inteligentes têm capacidade de monitorar o crescimento das sementes, o nível de umidade, a rega e a nutrição das plantas remotamente, via tablet. Há sistemas de ventilação, drenos, bombas e filtros. Ou seja, boa parte do trabalho duro é feito pelo sistema automatizado.
A tecnologia das estufas também faz com que os vegetais não tenham contato direto com o ar poluído da cidade, deixando de transferir material tóxico a eles. Isso sem contar o fato de que não há agrotóxicos.
Com relação às fazendas convencionais, as minifazendas fazem melhor proveito da água, no entanto utilizam mais energia – mas o que normalmente se gasta com o transporte de alimentos e seu armazenamento ultrapassa os custos energéticos da minifazenda. Uma estufa com 10 unidades, que ocupa mais ou menos 37 m², é capaz de produzir cerca de 27 kg de vegetais por semana.
Atualmente o projeto está em fase de testes em um campus corporativo na baía de São Francisco. De acordo com os idealizadores, a ideia é tentar fazer com que vegetais que se degradam rapidamente sejam produzidos mais próximos de seu público, o que evitaria diversos tipos de desperdício.
Ainda não se sabe se, com o avanço dos experimentos, as pessoas irão poder comprar suas próprias minifazendas ou se a Cityblooms irá vender uma quantidade de hortaliças por semana a quem adquirir o serviço.
Para saber mais, confira o site da Cityblooms e veja o vídeo. Saiba como fazer sua horta orgânica em casa.
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