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Na combustão humana espontânea a pessoa tem o corpo incendiado sem causa aparente, porém ainda não existe comprovação científica para sua espontaneidade

A combustão humana espontânea é um suposto evento em que o corpo humano pega fogo e é reduzido a cinzas, deixando apenas as extremidades intactas. O fenômeno é conhecido por não ter nenhum motivo aparente, por isso, muitos especialistas encontram dificuldades ao explicar a combustão humana espontânea

Porém, a verdade é que a ciência não defende a ideia de que os casos de combustão humana sejam verdadeiros. Na verdade, especialistas afirmam que existe outra explicação para esse fenômeno e que, na maioria das vezes, ela está relacionada a uma fonte externa de fogo.

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Existem casos de combustão humana espontânea?

Os relatos de pessoas que pegaram fogo espontaneamente sem explicação nenhuma existem, e intrigam a sociedade. Em dezembro de 1996, o Dr. J. Irving Bentley, de 92 anos,  foi encontrado em sua casa na Pensilvânia, com boa parte de seu corpo incinerado. Os pés e as mãos estavam intactos, o roupão jogado no chão, onde se encontrava um buraco de quase um metro e meio de profundidade, com as cinzas do homem.

O resto da casa estava inteiro, como se apenas o corpo de Irving tivesse pegado fogo. Na época, o legista responsável pelo caso determinou que a causa da morte foi o fato de Irving ter dormido enquanto fumava em seu banheiro. Isso teria feito com que ele entrasse em combustão. 

No entanto, isso não agradou todo mundo. Alguns “especialistas em combustão humana”, daquele tempo, afirmavam que esse era um dos casos que eles tanto defendiam. Diversos profissionais aderiram à teoria da combustão humana espontânea. Alguns exemplos são:

  • O anatomista Thomas Bartholin, reconhecido como a primeira pessoa a escrever sobre o assunto. Em 1663 ele relatou a morte de uma mulher, em Paris, que entrou em combustão enquanto dormia;
  • O francês Jonas Dupont, que em 1673, publicou o artigo “De Incendiis Corporis Humani Spontaneis“;
  • O autor Charles Dickens, que em 1853 publicou seu livro “Bleak House”. Na obra um de seus personagens morria de combustão humana espontânea devido ao consumo exagerado de álcool.

Os casos de combustão não ficam reservados apenas para séculos passados. Em 2010, o irlandês de 76 anos, Michael Faherty, foi encontrado morto em sua casa. As características do corpo eram as mesmas dos outros casos de combustão humana espontânea, a cabeça, as mãos e os pés intactos. Além disso, apenas o chão e o teto do lugar em que Michael estava pareceram ter algum dano. 

Como acontece a combustão humana espontânea?

Para que um objeto entre em combustão espontânea ele precisa passar por três processos diferentes. Primeiro, o corpo deve alcançar uma temperatura de ignição. Esse ponto também é conhecido como o momento necessário para que ele pegue fogo sem que haja necessidade de uma chama exterior.

Caso o calor que se acumula dentro do corpo não consiga escapar, e ele for exposto a um nível constante de oxigênio, acontecerá um incêndio espontâneo. Principalmente se o fluxo de oxigênio não for o suficiente para resfriar o corpo em questão. 

Porém, esses processos são comuns, e comprovados cientificamente, apenas em objetos inanimados, como pilhas de papel. No caso do ser humano, a maior parte dos cientistas não defende a existência de uma combustão humana espontânea. Isso porque o corpo humano é formado majoritariamente de água e suas únicas partes inflamáveis são: o tecido de gordura e o gás metano liberado no intestino.

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Quais as teorias não comprovadas? 

Ao longo dos séculos, surgiram várias teorias para explicar o funcionamento de uma possível combustão humana espontânea. Crenças populares defendem que o metano produzido pelas bactérias do intestino podem ser incendiadas pelas enzimas do organismo, causando o fenômeno. Mas isso é rebatido pelo fato de não existirem casos de combustão espontânea em vacas, animais que produzem muito metano em seu sistema digestivo. 

Outra teoria defendida pela sabedoria popular é a de que o consumo excessivo de álcool pode causar a combustão humana espontânea. Da mesma forma, crenças religiosas pregam a ideia de que esse evento seria algum tipo de castigo superior e místico. 

Larry Arnold, autoproclamado especialista em combustão humana espontânea, afirma que o desastre pode ser causado por uma partícula subatômica chamada Piroton. Ela causaria o fogo através da interação com as células do corpo. Entretanto, não existe comprovação que essa partícula realmente existe.   

É possível combustão espontânea?

A resposta que se tem até o momento é que a combustão humana espontânea, como é pregada popularmente, provavelmente não existe. Mas como explicar todos os casos onde as pessoas simplesmente incendiaram e morreram? Onde o fogo começou? 

A teoria do efeito pavio tenta explicar como a combustão humana acontece, deixando claro que ela não é espontânea, e é certamente gerada por um meio externo. O princípio é simples:

  • A vela é composta por um pavio e cera ao seu redor;
  • A cera faz com que o pavio continue queimando devido às gorduras inflamáveis;
  • No fim, o pavio e a vela são consumidos, sem consumir o que está ao redor em chamas.

Esse processo é traduzido para o corpo humano. Nele, a gordura corporal age como a cera da vela e a roupa da vítima e o seus pelos agem como o pavio. Enquanto a gordura corporal queima devido a temperatura, ela age como uma substância semelhante a cera, mantendo o fogo aceso. Isso explicaria o porque apenas o corpo da vítima fica em cinzas depois da combustão humana

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Em 1988, um cientista chamado John Dehaan, realizou um experimento televisionado usando um porco, um cobertor, fogo e petróleo. Ele enrolou o corpo do animal no cobertor e acendeu uma chama usando o combustível. Conforme o tempo foi passando, o corpo do porco virou apenas cinzas e ossos. 

Os pés do animal continuaram intactos, pois não continham gordura o suficiente para queimar durante a combustão. Os resíduos gordurosos do corpo também estavam presentes no cenário, assim como em relatos de combustão humana espontânea

Graças a esse estudo, uma parte da comunidade científica acredita que a combustão humana é causada pelo efeito pavio. Como a maioria dos casos relatam a presença de cigarros ou restos inflamáveis próximos às vítimas, acredita-se que essa seja a principal causa desse mal. 

Por fim, alguns especialistas ainda defendem que o consumo de álcool enquanto se fuma cigarro, pode ter relação direta com a combustão humana. Afinal, a existência de um combustível para as chamas gera maior risco de acidentes. 


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