O combustível de azeitona é um biocombustível produzido a partir do resíduo da produção de azeite de oliva. Ele pode ser produzido a partir do processo de hidrólise (quebra molecular a partir da ação da água), seguido da fermentação e resultando em etanol. O seu uso pode trazer vantagens como a redução de emissão de gases do efeito estufa e da quantidade de resíduos descartados.
O combustível de azeitonas consiste em um produto formado pelos resíduos da produção de azeite de oliva. Esses resíduos são considerados uma ótima biomassa para a produção de biocombustíveis, uma alternativa sustentável aos combustíveis fósseis.
Os subprodutos do azeite de oliva são utilizados para a produção de ração, óleo, cosméticos e fertilizantes. Eles também podem servir para a extração de componentes orgânicos, como antioxidantes e enzimas.
Além disso, estudos indicam que a polpa da azeitona e as folhas da oliveira podem ser utilizadas para a produção de biocombustíveis e de biohidrogênio. Enquanto isso, os caroços de azeitona podem ser usados para a produção de carvão vegetal.
A extração de azeite das azeitonas resulta em um subproduto em duas fases, uma líquida e outra sólida, além da presença de ácidos graxos. Os resíduos de fase líquida são resultado da segregação da azeitona à água utilizada na produção, ou de folhas e galhos resultante das podas das oliveiras. Já os resíduos de fase sólida correspondem ao bagaço das azeitonas, constituído pela polpa e pelo caroço.
De acordo com um estudo, os métodos mais utilizados para a produção de energia a partir desses resíduos são a gaseificação, a briquetagem e a co-combustão (queima de biomassa para a produção de energia). Apesar disso, outro estudo aponta a pirólise e a hidrólise em conjunto com a fermentação como métodos para essa produção. Entenda cada uma dessas tecnologias:
Na gaseificação, o material é transformado em biogás e pode ser utilizado para abastecer motores, fornos e outros equipamentos movidos a gás. Essa metodologia é de alto custo, pois exige uma série de equipamentos específicos para que o processo seja possível.
A briquetagem, ao contrário da técnica anterior, é economicamente favorável. Essa tecnologia consiste em transformar os resíduos sólidos em blocos de carvão vegetal.
Apesar disso, os resíduos de azeitona são pouco resistentes à compactação. Dessa forma, são incluídos pedaços de papel ao material, para auxiliar na quantidade de fibras existentes. Assim, torna-se possível a compactação.
A co-combustão consiste no processo de queima de biomassa em câmaras de combustão, para a produção de energia. Esse processo gera carvão vegetal e biogás, que são utilizados para a produção de calor. A produção do biogás se dá a partir da fermentação anaeróbia de resíduos líquidos. Ele pode ser utilizado como uma alternativa sustentável para o gás natural.
O processo de produção do combustível de azeitona pode ser a partir da pirólise, que consiste no processo de transformação de um resíduo em um produto com potencial energético. O produto final pode ser o biogás, o biocombustível ou o carvão vegetal, dependendo do tipo de pirólise que será utilizada.
Outro processo que pode ser usado é a hidrólise (processo de quebra de uma molécula a partir da ação da água) seguida de fermentação. Esse processo depende de uma preparação prévia, pois é necessária a quebra das moléculas que compõem a biomassa. A preparação ocorre por hidrólise ácida, que quebra as moléculas formadas por celulose e lignina, facilitando a superfície de contato do material.
A preparação pode ser realizada a partir de uma substância ácida, como o ácido clorídrico, ou por seguido pelo processo de fermentação do material. Em seguida, o material passa por um processo de fermentação. Ao final da fermentação, o produto final é o biocombustível etanol.
Os biocombustíveis são ótimas alternativas para a redução da emissão de gases como o gás carbônico. Além disso, o custo da sua produção pode ser favorável, já que a matéria-prima para a sua fabricação é barata e de fácil acesso. Confira as vantagens do uso de combustível de azeitona:
Apesar das vantagens, são necessárias tecnologias adequadas para a produção de combustível. Isso porque os resíduos de azeitonas são pouco solúveis em água, o que pode levar à contaminação.
A sua queima também pode emitir poluentes atmosféricos, prejudicando o meio ambiente e a qualidade do ar. Entretanto, ainda assim se mostram como uma alternativa menos prejudicial do que os combustíveis fósseis.
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