O cominho é uma semente utilizada como especiaria, e nasce no vegetal chamado cientificamente de Cuminum cyminum, pertencente à família Apiaceae.
É uma planta muito antiga, cujo uso se estende por várias civilizações, tendo sido originário no Mediterrâneo Oriental e no Egito. Hoje em dia é cultivada na África do Sul e nos Países do Oriente Médio, Índia e México, sendo adicionado em muitos pratos.
Além disso, o cominho tem sido usado há muito tempo na medicina tradicional.
Estudos modernos confirmaram alguns dos benefícios do cominho para a saúde, incluindo a melhoria na digestão, redução de infecções causadas pela ingestão de alimentos contaminados, perda de peso e controle dos níveis de açúcar no sangue e colesterol.
O uso tradicional mais comum de cominho é para indigestão. De fato, pesquisas modernas confirmam que o cominho pode ajudar a acelerar a digestão normal.
Ele pode aumentar a atividade das enzimas digestivas, acelerando a digestão.
O cominho também aumenta a liberação de bílis do fígado, ajudando a digerir gorduras e certos nutrientes no intestino.
Em um estudo, 57 pessoas com síndrome do intestino irritável (SII) relataram melhora dos sintomas após ingerir cominho concentrado por duas semanas.
As sementes de cominho são naturalmente ricas em ferro.
Uma colher de chá de cominho em pó contém 1,4 mg de ferro, ou 17,5% da ingestão diária recomendada (IDR) para adultos.
Poucos alimentos são tão ricos em ferro quanto o cominho. Isso faz com que seja uma boa fonte de ferro, mesmo quando usado em pequenas quantidades como tempero.
O cominho contém muitos compostos de plantas que estão ligados a potenciais benefícios para a saúde, incluindo terpenos, fenóis, flavonóides e alcalóides (confira estudos a respeito aqui: 1 , 2, 3, 4).
Vários deles funcionam como antioxidantes, que são substâncias químicas que reduzem os danos causados pelos radicais livres.
Alguns dos componentes do cominho proporcionam efeitos antidiabéticos.
Um estudo clínico mostrou que um suplemento cominho melhorou os indicadores iniciais de diabetes em indivíduos com excesso de peso, em comparação com um placebo.
Mas não é só o suplemento de cominho que proporciona benefícios, o uso rotineiro de cominho como tempero pode ajudar a controlar o açúcar no sangue de quem possui diabetes, de acordo com dois estudos.
Em um estudo, pessoas que ingeriram 75 mg de cominho duas vezes ao dia por oito semanas diminuíram os triglicerídeos sanguíneos não saudáveis.
Em outro estudo, houve diminuição em quase 10% dos níveis de colesterol LDL “ruim” em pacientes que tomaram extrato de cominho durante um mês e meio.
Em contrapartida, um outro estudo não encontrou alterações no colesterol sanguíneo em participantes que tomaram suplemento de cominho.
Os suplementos de cominho ajudaram a promover a perda de peso em alguns estudos clínicos.
Um estudo com 88 mulheres com excesso de peso descobriu que iogurte contendo três gramas de cominho promoveu perda de peso, em comparação com o iogurte sem ele.
Outro estudo mostrou que os participantes que tomaram 75 mg de suplementos de cominho todos os dias perderam 1,4 kg mais do que aqueles que tomaram placebo.
Um terceiro estudo clínico analisou os efeitos do suplemento de cominho em 78 homens e mulheres adultos. Aqueles que tomaram o suplemento perderam 2,2 kg (1 kg) a mais em oito semanas do que aqueles que não tomaram.
Em contrapartida, um estudo que usou uma dose menor de 25 mg por dia não observou qualquer alteração no peso corporal, comparado a um placebo.
Muitos temperos, incluindo o cominho, parecem ter propriedades antimicrobianas que podem reduzir o risco de infecções causadas por alimentos contaminados.
De acordo com dois estudos, vários componentes do cominho reduzem o crescimento de bactérias e fungos que se desenvolvem em alimentos.
Quando digerido, o cominho libera um componente chamado megalomicina, que tem propriedades antibióticas.
Além disso, outro estudo realizado em tubo de ensaio mostrou que o cominho reduz a resistência de certas bactérias a remédios.
A dependência química é uma preocupação crescente a nível internacional. Os narcóticos opiáceos criam vício, levando, em muitos casos, ao uso contínuo ou aumentado.
Estudos em ratos mostraram que os componentes do cominho reduzem o comportamento aditivo e os sintomas de abstinência a algumas drogas.
No entanto, muito mais pesquisas são necessárias para determinar se esse efeito seria útil em humanos.
Análises realizadas em tubo de ensaio mostraram que o cominho pode inibir a inflamação.
Há vários componentes do cominho que podem apresentar efeitos anti-inflamatórios, mas as pesquisas realizadas até o momento desconhecem qual deles é o mais importante (confira estudos a repeito aqui: 1, 2, 3, 4).
Utilizamos cookies para oferecer uma melhor experiência de navegação. Ao navegar pelo site você concorda com o uso dos mesmos.
Saiba mais