Documento da ONU alerta que é preciso reduzir as emissões de gases do efeito estufa em 50% até 2030
Por Agência Câmara de Notícias | A Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados debate nesta terça-feira (9) a transição energética no Brasil. A audiência pública será às 10 horas, no plenário 14.
O deputado João Carlos Bacelar (PL-BA), que pediu o debate, lembrou que a Organização das Nações Unidas (ONU) realiza, anualmente, a Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas (COP), na qual países de todo o mundo se reúnem para discutir e construir compromissos e soluções para o enfrentamento da crise climática.
“Na COP27, realizada em 2022 no Egito, o tema foi amplamente discutido, com
especial destaque para a crescente importância do desenvolvimento e implementação de estratégias nacionais para a transição energética, imprescindível para a redução das emissões de gases de efeito estufa de origem antrópica, principal causa do aquecimento global”, disse.
Dados alarmantes
Segundo Bacelar, em março de 2023 o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU (IPCC) divulgou versão atualizada de seu relatório anual com dados alarmantes sobre os danos já causados pelo aquecimento global em diferentes regiões do planeta, incluindo no Brasil.
No documento, o IPCC alerta que, para que o aquecimento do planeta não ultrapasse o limite recomendado pela ciência, de no máximo +1,5°C até 2100,
evitando os piores impactos da crise climática sobre a humanidade, é necessário reduzir as emissões de gases do efeito estufa de origem antrópica em 50% até 2030 e em 99% até 2050.
“Neste estudo, o IPCC reforça que o setor energético é um dos principais emissores de gases de efeito estufa a nível mundial e terá papel central na busca por soluções para o enfrentamento deste desafio”, observou o deputado.
Debatedores
Confirmaram presença na audiência:
- o analista técnico da Associação Brasileira de Energia Eólica, André Themotheo;
- o presidente executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltáica, Rodrigo Lopes Sauaia;
- o presidente executivo da Associação Brasileira de Geração de Energia Limpa, Charles Lenzi;
- o diretor executivo do Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA), André Luís Ferreira; e
- a gerente executiva da Associação Brasileira do Biogás, Tamar Roitman.
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