O aquecimento global é uma emergência, mas há como combater as mudanças climáticas
Como combater as mudanças climáticas? Esses eventos são variações na temperatura, precipitação e nebulosidade que têm acontecido em escala global, à medida que o planeta Terra tem aquecido. Essas alterações são consequências da crescente atividade humana no dia a dia. Sobretudo as que envolvem emissões de gases de efeito estufa, como a queima de combustíveis fósseis, no meio ambiente.
Com isso, o aquecimento global tem acontecido de maneira tão acelerada que cientistas começaram a denominar a situação como crise climática. Isso tem chamado a atenção para a situação da emergência em que o planeta se encontra sobre alterações climáticas.
Ainda existem controvérsias entre alguns integrantes da comunidade acadêmica a respeito do aquecimento global. Porém as mudanças climáticas globais são um fato já aceito e bem consolidado entre grande parte dos cientistas. O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), por exemplo, considera as evidências científicas para o aquecimento global incontestáveis.
Nesse contexto, ambientalistas e estudiosos procuram maneiras de aumentar as discussões sobre mudanças climáticas e combater seus efeitos. Dentre as iniciativas, há propostas de soluções naturais e até uma lista com 100 maneiras práticas de reverter a mudança climática. Veremos a seguir:
Soluções climáticas naturais
As soluções naturais são vistas por muitos estudiosos como alternativas com maior potencial para ajudar a combater as mudanças climáticas. A iniciativa chamada de Natural Climation Solutions é um dos projetos que propagam essa ideia.
A equipe é composta por cinco pessoas, em sua maioria, ativistas e ambientalistas. A ideia é incentivar as soluções naturais, afastando-se de alternativas tecnológicas potencialmente prejudiciais, para retirar o carbono da atmosfera.
O grupo destaca que essas soluções nunca devem ser usadas como substituto para as reduções radicais de emissões. Mas, a estimativa é que ajudem em um terço da mitigação dos gases de efeito estufa.
Sob essa perspectiva, a proteção e a restauração dos ecossistemas, como florestas, tufeiras e o fundo do mar. Essas são as principais ações para combater as mudanças climáticas.
Esses sistemas vivos são capazes de sugar o carbono do ar. Os animais também atuam nessas circunstâncias, à medida que equilibram os ecossistemas, dispersam sementes e, com isso, propiciam a fixação de carbono. Assim, controlando os ecossistemas e permitindo que muitos se recuperem, pode-se diminuir as chances de uma catástrofe climática e o colapso ecológico.
O que pode ser feito para amenizar as mudanças climáticas?
O projeto Drawdown também é uma iniciativa que busca soluções climáticas e ambientais para enfrentar a emergência ecológica sempre que possível. A ideia foi desenvolvida por Paul Hawken e Amanda Ravenhill. Para descobrir as soluções mais significativas para impedir as mudanças climáticas e comunicá-las ao mundo. São 100 maneiras práticas reunidas em um livro de mesmo nome, Drawdown, e parte delas também estão listadas no site.
Em vídeo, um dos participantes, Chad Frischmann, aponta uma lista com as principais soluções para combater as mudanças climáticas:
- Gerenciamento de agentes de refrigeração;
- Redução de desperdício de alimentos;
- Dieta rica em plantas;
- Restauração das florestas tropicais;
- Investimentos na educação das meninas;
- Planejamento familiar;
- Uso de fontes renováveis de energia, como fazendas solares e turbinas eólicas;
- Silvopastagem;
- Painéis solares de telhado;
- Agricultura regenerativa;
- Restauração das florestas temperadas;
- Proteção e recuperação de turfas;
- Reflorestamento;
- Usar transportes públicos.
O que podemos fazer para reduzir os efeitos das mudanças climáticas no planeta?
No topo da lista, apontada como a alternativa de maior impacto, está o gerenciamento de resfriamento. Esse efeito consiste em manusear ou descartar, de maneira adequada, os hidrofluorcarbonetos (HFCS) utilizados em refrigeradores.
Em aparelhos, como os de refrigeração e ar condicionado, costumava-se utilizar CFCs, gases que contribuem para a destruição da camada de ozônio e aumento da temperatura média global na superfície e, consequentemente, o aumento no nível do mar. Posteriormente, como alternativa, eles foram substituídos pelos HFCs, mas estes também causam impactos, contribuindo com o aquecimento global.
Além disso, oito das principais medidas estão ligadas à alimentação. O projeto Drawdown expõe que grande parte da comida cultivada acaba sendo desperdiçada.
Esses alimentos não consumidos geram gases de efeito estufa em todos os estágios. Ao virarem matéria orgânica no lixo, por exemplo, liberam metano. Com isso, a comida desperdiçada corresponde a 8% das emissões globais.
Como medidas práticas, o grupo elenca a possibilidade de melhorar a infraestrutura de armazenamento, processamento e transporte. Ademais, metas e políticas nacionais de desperdícios de alimentos também são opções.
Outra medida listada pelo projeto Drawdown é a dieta rica em plantas. Esta vai contra a dieta centrada na carne que é responsável por um quinto das emissões globais de gases de efeito estufa. Além do desperdício de muitos litros de água. Nesse sentido, as dietas ricas em vegetais poderiam reduzir as emissões, além de economizar em custos anuais de saúde.
Por fim, o projeto também lista soluções naturais como proteção florestal e recuperação de ecossistemas. E que, como mencionado, se voltarem a crescer, são capazes de absorver e reter carbono.