Loja
Apoio: Roche

Saiba onde descartar seus resíduos

Verifique o campo
Inserir um CEP válido
Verifique o campo

Feitas de plástico e componentes eletrônicos, as máquinas de cartão se transformam em lixo eletrônico que, quando descartado de forma irresponsável, pode causar graves consequências para o meio ambiente

Com a tecnologia evoluindo diariamente, muitos empreendedores não sabem como descartar maquininha de cartão. Mas, em poucos passos, você pode fazer o descarte correto e evitar que esse item se torne lixo eletrônico.

A maquininha de cartão é um dispositivo usado para receber pagamentos e está presente em muitos estabelecimentos comerciais, espalhados por todo o Brasil. O avanço da tecnologia levou à criação de diferentes modelos, que se ajustam a pequenos e grandes empreendedores.

Lixo eletrônico
Lixo eletrônico: o que é e como descartar

O uso da maquininha de cartão traz alguns benefícios para empreendedores e clientes. Para os clientes, usar o cartão é mais prático, mais seguro e, em alguns casos, a tecnologia possibilita sistemas de recompensa, na forma de cashback, pontos ou milhas. Já para os comerciantes, aceitar cartões como forma de pagamento aumenta o número de vendas, elimina riscos de inadimplência, evita perdas, fraudes e roubos, entre outras vantagens.

Além disso, a maquininha representa a flexibilidade de pagamento, o que contribui na retenção de potenciais clientes. Segundo o Banco Central, entre 2021 e 2022 houve um crescimento de mais de 18% na aquisição de maquininhas pelos empreendedores. Em 2022, o País alcançou a marca de pouco mais de 20 milhões de maquininhas de cartão em uso.

Do que é feita a maquininha de cartão?

As maquininhas, usadas na leitura de cartões de crédito ou débito, são construídas e funcionam a partir de circuitos e componentes eletrônicos. Sua carcaça é feita de plástico. Além disso, contam com baterias, que são constituídas de compostos químicos.

Imagem de Freepik

Os circuitos e componentes eletrônicos, além das baterias, quando descartados, são considerados lixo eletrônico. Esses resíduos, conhecidos por Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos (Reee), podem contaminar o solo, a água e até causar a poluição do ar.

Segundo o professor Marco Chicano, especialista em eletrônica, as placas utilizadas em circuitos impressos, em geral, podem ser feitas com fenolite, composite ou fibra de vidro. Em seguida, elas são recobertas com uma máscara de politetrafluoretileno (PTFE) ou verniz, que geralmente torna as placas verdes, azuis ou marrons. O politetrafluoretileno é também conhecido como teflon.

As trilhas (por onde a corrente elétrica percorre o circuito) e as ilhas (onde os componentes ficam soldados) são feitas de cobre, que é um metal pesado.

Tire suas dúvidas sobre a reciclagem de lixo eletrônico

Já os componentes eletrônicos podem conter compostos químicos ou metais, isolados por plástico, vidro, borracha ou mica. Alguns têm, na sua composição, ligas de ouro, pois além desse metal ser um ótimo condutor, ele também não oxida.

Tudo isso significa que, quando substituídas, as maquininhas devem ter um destino ambientalmente correto. Por mais que esses equipamentos sejam úteis, é preciso ter consciência ambiental, tanto na hora de adquirir uma, quanto no momento de realizar o seu descarte.

Qual é a situação do lixo eletrônico no mundo?

O lixo eletrônico, também chamado em inglês pela Organização das Nações Unidas (ONU) de e-waste (e-lixo, em português), é composto por produtos elétricos (como o ferro de passar ou o chuveiro, que transformam energia elétrica em calor, por exemplo) e eletrônicos (que contém circuitos impressos para seu funcionamento, como aparelhos celulares e computador), além de pilhas, baterias e lâmpadas LED.

Uma publicação realizada pela ONU, em 2023, mostra que o volume de lixo eletrônico no mundo aumenta cerca de 4% todos os anos. Além disso, mais de 80% desses resíduos não são reciclados, sendo descartados de forma irresponsável no meio ambiente. Até 2030 a geração de lixo eletrônico deve alcançar a marca de 74,7 mega toneladas.

Grande parte do lixo eletrônico é descartado como lixo doméstico, que tem como destino final o aterro sanitário ou ainda, a incineração. A queima desses componentes aumenta a poluição atmosférica, contribuindo para a emissão de gases de efeito estufa

O The Transboundary E-waste Flows Monitor também divulgou que 34% das placas de circuito impresso, por exemplo, são recicladas. Ainda assim, dentro dessa parcela, apenas as peças de maior valor são coletadas e enviadas para o tratamento adequado, o restante dos componentes não recebe qualquer tratamento.

Um estudo, realizado pela Green Eletron em 2023, afirma que a negligência no descarte desses resíduos está ligada diretamente às causas do aquecimento global. A exploração dos recursos naturais, o processo de extração das matérias-primas e as muitas etapas na cadeia de produção são fatores que causam poluição e degradação ambiental.

Upcycling de lixo eletrônico
Upcycling de lixo eletrônico transforma e-waste em material para cultivo de bactérias em laboratórios

Enquanto isso, os componentes eletrônicos poderiam ser “minerados” durante a reciclagem, e assim, esses materiais retornariam às indústrias, como matérias-primas de novos componentes. Esse processo é chamado de mineração urbana.

Componentes eletrônicos utilizam ouro, níquel, lítio, tungstênio, silício, prata e outros elementos que, quando não descartados de forma ambientalmente correta, podem contaminar o solo e a água, ameaçando todo o ecossistema. Ainda segundo a ONU, apenas a reciclagem de cobre e ferro poderia evitar cerca de 15 toneladas de dióxido de carbono na atmosfera.

No Brasil, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) incluiu, em 2020, a lei nº 10240, que criou o Acordo Setorial para a Logística Reversa de Eletroeletrônicos. O Acordo prevê que as empresas, o governo e os consumidores são responsáveis pelo descarte consciente, a coleta e a reciclagem dos produtos eletroeletrônicos colocados no mercado. 

Nesse contexto, o  consumidor tem um papel de extrema importância, já que pode garantir o descarte correto dos seus produtos.

Como descartar a maquininha de cartão?

A melhor forma de descartar maquininha de cartão é através de logística reversa, quando as empresas responsáveis pela venda garantem seu recolhimento e destino certo.

As maquininhas de cartão, depois de desativadas, devem ser descartadas de forma responsável, pois são consideradas lixo eletrônico. Como mencionado anteriormente, existem muitos materiais envolvidos em sua composição, portanto, o equipamento não deve, jamais, ser descartado no lixo comum ou orgânico.

O plástico, por exemplo, pode levar até 500 anos para se decompor na natureza. Já o lixo eletrônico, devido aos diferentes materiais envolvidos em seus componentes, pode levar de 100 a 500 anos, para se decompor parcialmente. 

Conheça os tipos de plásticos existentes

Principalmente por conter diversos elementos químicos, os materiais devem ser separados e tratados de forma individual. No entanto, essa separação não deve ocorrer em casa. Existem empresas que tratam do lixo eletrônico, fazendo a correta separação dos componentes e sua reciclagem ou o tratamento dos compostos químicos.

Quer descobrir o ponto de coleta mais próximo da sua casa? É só acessar o buscador do Portal eCycle.

Você vai encontrar os endereços mais próximos de você, opções de postos de coleta de maquininhas de cartão e muitos outros itens.

Aproveite e compartilhe essa ferramenta com quem você conhece! Uma dica como essa incentiva a consciência ecológica, o descarte adequado de resíduos e ajuda a combater a degradação do meio ambiente! 


Utilizamos cookies para oferecer uma melhor experiência de navegação. Ao navegar pelo site você concorda com o uso dos mesmos. Saiba mais