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As chapas de raio-x podem causar poluição ambiental e expor os humanos a metais pesados, exigindo coleta e destinação apropriadas
Saber como descartar chapas de raio-x é essencial para evitar impactos ambientais negativos. Os exames de raio-x, ou radiografias, contribuem de forma relevante na área da saúde, fornecendo informações valiosas para diagnósticos e tratamentos.
Contudo, o descarte inadequado desses exames pode liberar materiais potencialmente tóxicos à saúde humana no meio ambiente. Sendo assim, compreender o funcionamento do raio-x, o processo de revelação das chapas e a maneira correta de descartá-las é essencial para evitar poluição.
Como funcionam os Raios X e as chapas
Os Raios X são uma forma de radiação eletromagnética com capacidade de atravessar tecidos moles do corpo e serem absorvidos por estruturas mais densas, como ossos [1]. As imagens resultantes são registradas em chapas compostas por acetato de celulose, ou poliéster, revestido com cristais de halogenetos de prata [2].
O processo de revelação envolve a utilização de agentes químicos, como hidroquinona e tiossulfato de amônio. Tal processo gera resíduos químicos que precisam ser encaminhados para tratamento adequado em empresas especializadas.
Possíveis impactos do descarte incorreto
O descarte inadequado de exames de imagem radiográfica pode liberar materiais tóxicos e metais pesados, como a prata, no meio ambiente. Os metais pesados são persistentes e bioacumulativos, podendo causar problemas de saúde graves em seres humanos expostos a eles.
Dentre os impactos dos metais pesados estão perturbações no funcionamento de enzimas, oxidação de moléculas importantes para o corpo humano, alteração na estrutura de proteínas, desequilíbrio químico nos sistemas internos das células, danos permanentes no DNA e estímulo à replicação celular. Estes impactos podem resultar em mutações genéticas, morte programada das células e, inclusive, desenvolvimento de câncer [3].
Além disso, a exposição a compostos solúveis de prata pode produzir outros efeitos tóxicos, incluindo danos ao fígado e aos rins, irritação dos olhos, pele, trato respiratório e intestinal, e alterações nas células sanguíneas [4].
Portanto, para evitar esses impactos prejudiciais, é crucial adotar o descarte adequado. As chapas de raio-x são resíduos perigosos, e devem ser separadas de outros tipos de resíduos. Além disso, elas devem ser descartadas em locais específicos, evitando o lixo comum [5].
Caso ocorra o descarte correto, é possível reciclar as chapas, recuperando os grãos de prata e reduzindo a necessidade de mineração desse metal [6].
Como descartar raio-x?
O descarte de chapas de raio-x deve ser realizado em locais apropriados, como centros de reciclagem especializados. Esses centros possuem métodos seguros para extrair a prata e outros materiais valiosos contidos nas radiografias. Além disso, eles são capazes de neutralizar substâncias nocivas que possam afetar a saúde humana e o meio ambiente.
Onde descartar raio-x?
Muitas instituições médicas e centros de saúde oferecem programas de reciclagem para exames de imagem. Além disso, algumas empresas especializadas podem ser contatadas para o descarte adequado de chapas de raio-x. Essas práticas ajudam a garantir que o descarte seja feito de maneira responsável, protegendo o meio ambiente e a saúde pública.
Para encontrar os locais onde as chapas de raio-x podem ser descartadas adequadamente, consulte o buscador gratuito de postos de reciclagem do Portal eCycle.
Reciclagem de chapas de raio-x
A reciclagem das chapas de raio-x, além de evitar a contaminação do meio ambiente por componentes tóxicos, oferece uma oportunidade de reutilização dos materiais envolvidos. O processo comumente adotado inicia-se com o tratamento da radiografia em uma solução de hipoclorito de sódio, gerando um resíduo sólido contendo prata e películas radiográficas “limpas”.
Posteriormente, o resíduo passa por um tratamento com hidróxido de sódio, resultando no óxido de prata misturado a impurezas. Este óxido de prata, então, é aquecido em uma solução de sacarose por 60 minutos. Esse procedimento gera uma prata impura sólida, que ainda não apresenta brilho. Finalmente, a prata é refinada através de um último aquecimento a 1000°C por 60 minutos em uma estufa, do qual se obtém prata pura e brilhante.
Contudo, a eficiência da reciclagem de radiografias depende crucialmente do seu descarte adequado. Através disso, ao separar as radiografias de outros resíduos médicos e lixo comum, podemos assegurar que o processo de reciclagem seja eficiente e capaz de reutilizar de forma sustentável os recursos presentes nas chapas de raio-x. Essa abordagem integrada é fundamental para garantir um ciclo de vida responsável e contribuir para um ambiente mais saudável e equilibrado.
