Como fazer compostagem? Essa é uma das primeiras perguntas que vêm à cabeça quando pensamos em adquirir uma composteira doméstica.
Para aprender a fazer compostagem é preciso entender que ela não é uma prática baseada somente em levar os resíduos orgânicos à composteira doméstica. Algumas variáveis precisam ser controladas no ambiente interno das caixas, como temperatura, umidade e pH. E é sempre preciso ver se as minhoquinhas estão bem. Mas isso tudo é muito fácil de fazer.
Quer tirar suas dúvidas a respeito de como fazer compostagem usando uma composteira doméstica? Então confira cinco passos necessários para começar a fazer compostagem em casa, levando em conta todos os aspectos essenciais:
A composteira deve ficar em local arejado. É preciso ficar atento para que ela não fique exposta ao sol, à chuva e ao vento.
Forre o fundo das duas caixas digestoras com húmus de minhoca.
Para alimentar as minhocas não é necessário que se dê alimentos frescos. As minhocas podem comer folhas secas, borra de café, casca de banana e de outros alimentos como batata, mandioca, maçã e outros vegetais não cítricos e apimentados – tudo em pequenos pedaços.
Nem todo resíduo orgânico é compostável, sendo que alguns alimentos e materiais podem causar desequilíbrio químico no interior das caixas de compostagem, o que pode atrair pragas indesejadas, mau cheiro e prejuízo às plantas. Além disso, eles podem desacelerar o processo de decomposição.
Para isso não acontecer, basta entender os resíduos que podem ir na composteira, como a borra de café e folhas secas, e o que não colocar na composteira doméstica, como:
Laticínios, derivados do trigo, a maioria dos tipos de papéis, carne, arroz, resíduos de animais de estimação, alimentos gordurosos, alho e cebola, plantas doentes e carvão vegetal.
Coloque a quantidade acumulada de lixo orgânico, amontoada em um canto da composteira (não espalhados pela caixa), e cubra-os completamente com serragem – além da serragem, pode ser utilizado como matéria seca grama, folhas e palha, que proporcionam o equilíbrio na relação carbono/nitrogênio na compostagem doméstica, o que acelera o processo. Mas não coloque folhas muito grossas que impossibilitem a passagem do ar, pois dessa forma você vai evitar a oxigenação do ambiente e as minhocas acabarão morrendo.
Para coletar o húmus – produto da compostagem – coloque a caixa cheia da composteira à luz do dia, para que as minhocas se escondam. Como as minhocas são fotossensíveis, esta técnica facilita a retirada do húmus. Tire até deixar uns dois ou três dedos de terra para servir de “cama” novamente para as minhocas.
Este composto é usado como adubo orgânico, já que é uma grande fonte de nutrientes e de matérias orgânicas estabilizadas. Além disso, pode usar o adubo diretamente no solo para recuperar solos degradados.
Para retirar o chorume líquido que fica na última caixa debaixo, basta abrir a torneira de modo que ele caia no recipiente que pode ser usado para armazená-lo.
Diferentemente do chorume resultante da presença do lixo em aterros sanitários, o chorume resultante da compostagem pode oferecer benefícios.
Se dissolvido em uma parte de água você pode borrifar nas folhas das plantas para afastar insetos indesejados (mas cuidado com a abelhas, elas são importantes). Esse método você deve usar à noite ou quando o sol estiver baixo, pois em contato com o chorume, a luz solar pode queimar as folhas.
Se dissolvido em dez partes de água, os acúmulos de chorume podem ser feitos de fertilizante natural.
Uma pesquisa realizada pela Universidade da Califórnia analisou a eficiência da adição de chorume em plantas. Em 24 horas, foi visto que a população de bactérias boas nas plantas com o líquido eram de duas a três vezes maiores do que nas do grupo controle. Essas bactérias produzem compostos que ajudam as plantas a crescerem mais rápido e a se tornarem mais resistentes à doenças.
Além de diminuir a quantidade de resíduos em aterros e lixões, reduzindo mais da metade da quantidade de lixo, a vantagem de fazer compostagem doméstica é que se evita a emissão de gases contribuintes para o desequilíbrio do efeito estufa.
Quando os resíduos vão parar em aterros sem tratamento nenhum, a decomposição acaba gerando gás metano (CH4), que é 25 vezes mais nocivo para o efeito estufa do que o gás carbônico (CO2). A compostagem, por outro lado, evita a emissão do CH4.
Gostou do passo a passo sobre compostagem doméstica e quer conhecer mais detalhes dessa prática? Então dê uma olhada na matéria:
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