Afinal, como foram criados os continentes? Existem diversas teorias que tentam explicar o fenômeno de formação dos continentes, afinal, a Terra é o único planeta conhecido que possui essas características.
No começo, a Terra era apenas uma massa de gases no espaço, e então, com o esfriamento do planeta e a formação da atmosfera, ele foi começando a se moldar como hoje é conhecido. No entanto, com as primeiras formações de terra, há cerca de 250 milhões de anos, os continentes se juntaram e formaram a Pangeia, o super continente.
Após a formação da Pangeia, 200 milhões de anos atrás, esse continente foi separado, criando Laurásia e Gondwana. A Gondwana era composta do que hoje é conhecido como África, América do Sul, Austrália, Antártica e Índia. Então, o subcontinente da Índia se dividiu da África, colidindo com a Ásia.
Mas, o que fez com que isso acontecesse e como foram criados os continentes como os conhecemos hoje?
Em 1912, o cientista alemão Alfred Wegener propôs a teoria da deriva continental. De acordo com o especialista, a Terra era formada de uma grande massa de terra, hoje conhecida como Pangeia — como já foi mencionado. E, embora a deriva continental não explique como essa movimentação ocorreu, outra teoria, conhecida como teoria das placas tectônicas explicou o fenômeno.
A teoria das placas tectônicas foi solidificada na década de 60, de acordo com a National Geographic. Ela explica que a camada mais externa da Terra, ou litosfera, é composta por placas de rocha que encontram-se no topo de uma camada de rocha parcialmente derretida chamada astenosfera.
Através da convecção da litosfera e da astenosfera, as placas se movimentam uma em relação a outra, um fenômeno responsável por diversas formações geológicas, como a de montanhas e vulcões.
Inicialmente, essas teorias de como foram criados os continentes não foram apoiadas pela comunidade científica. Porém, com novos estudos, incluindo aqueles sobre a expansão dos fundos oceânicos, elas começaram a ganhar conhecimento.
Além da Pangeia, acredita-se que outros 4 supercontinentes já formaram a superfície terrestre e, de acordo com a teoria, esse ciclo de separar e unir acontece por causa da subducção — um fenômeno que ocorre quando as placas tectônicas convergem entre si.
Entretanto, a teoria de que as placas tectônicas explicam como foram criados os continentes ainda é nova e há muito a ser descoberto neste campo de pesquisa. Uma pesquisa de 2021, por exemplo, visualizou a possível movimentação de como as placas se movimentaram pela Terra. Confira:
Os continentes formam parte da litosfera, formada por fundos oceânicos e pelos continentes, dos quais a camada superior é a crosta, enquanto a crosta é composta por rochas basálticas que contém apenas um pouco de sílica. Em contraste, a crosta continental é espessa e consiste principalmente em granito — uma rocha rica em sílica, responsável pela “flutuação” dos continentes.
Embaixo da litosfera, fica uma massa espessa e lenta de rocha quase derretida, perto do manto terrestre — camada da Terra entre a crosta e o núcleo.
Quando parte da litosfera é removida, o manto é derretido a partir da pressão que é liberada dessa parte interna do planeta. Uma das teorias científicas, é de que impactos com meteoritos podem fazer com que a litosfera sofra com esse fenômeno, criando uma massa de espessa crosta basáltica, conhecida como planalto oceânico.
Esses possíveis impactos com meteoritos formam outra teoria de como foram criados os continentes.
Um estudo publicado na Nature sugere que os continentes foram formados a partir de um grande impacto de um asteroide na litosfera. De acordo com a teoria, o planalto oceânico “formado a partir do impacto pode ficar quente o suficiente em sua base para também derreter, produzindo o tipo de rocha granítica que forma a crosta continental flutuante”. (1)
E, embora o planalto oceânico possa ser formado de outra forma, a pesquisa comprovou pelo estudo de grãos de zircônio (mineral encontrado em rochas da crosta continental) que o outro tipo de formação além do impacto não poderia ter formado os continentes.
De fato, os grãos de zircônio encontrados em Pilbara parecem ter sido formados em períodos distintos, ao invés de continuamente ao longo do tempo. E, exceto por grãos mais antigos, os outros grãos com zircônio têm a mesma idade dos leitos esféricos do de Pilbara e de outros lugares.
Os leitos esféricos, por sua vez, são depósitos de gotículas de material “espalhadas” por impactos de meteoritos. Desse modo, o fato de os grãos de zircônio terem a mesma idade sugere que eles podem ter sido formados pelos mesmos eventos, ou seja, colisão por asteroides.
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