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O problema não é de fácil solução, mas é possível tentar se adaptar para evitar os principais efeitos negativos

São Paulo está entre as cidades mais poluídas do mundo, segundo relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2013. Os índices de poluição da capital são superiores aos níveis aceitáveis.

Os meios de transporte são responsáveis por 90% da emissão de poluentes na cidade, mas a eliminação de resíduos por certos tipos de indústrias e a queima de carvão e petróleo em usinas também estão entre as principais causas da poluição atmosférica, cujo nível é determinado pela quantificação das substâncias poluentes presentes no ar (monóxido de carbono, dióxido de enxofre e dióxido de carbono). Esses gases são os responsáveis pela diminuição da qualidade do ar que respiramos, causando inflamações, como conjuntivites e rinites, e doenças mais graves, como a pneumonia e até mesmo o câncer.

Uma pesquisa mostrou que, em São Paulo, há uma redução em média de um ano e meio na expectativa de vida da população graças à má qualidade do ar. Outros estudos também têm demonstrado que podemos encontrar efeitos graves sobre a saúde mesmo quando os poluentes estão dentro dos padrões de segurança determinados pela legislação. No inverno, a situação fica ainda pior, já que a falta de chuvas e de ventos torna mais difícil a dispersão dos materiais particulados.

Os prejuízos para a saúde

Além do mal-estar instantâneo causado pela exposição à poluição – irritação nos olhos, boca seca, nariz entupido e garganta ardendo –, a má qualidade do ar pode causar conjuntivite, tosse e dificuldade para respirar, além de agravar quadros de rinite e sinusite. Nos pulmões, substâncias presentes nos gases podem causar doenças como asma, bronquiolite e até pneumonia. Irritações na pele e alergias também podem ser causadas pela poluição.

Para os idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios, as consequências podem ser dramáticas, caracterizadas por internações e até a morte.

Como amenizar os efeitos

É possível adotar medidas para amenizar os efeitos do tempo seco e da poluição, tais como:

  • beber mais água (quando desidratada, a mucosa que reveste o nariz, a boca e a garganta perde a capacidade de expelir agentes externos, como a poluição);
  • hidratar os olhos com colírios, para evitar irritação e infecções;
  • utilizar umidificadores de ar;
  • limpar o chão com pano úmido, em vez de vassouras ou aspiradores, já que estes acabam espalhando a poeira no ambiente.

Alternativas para diminuir a poluição

Segundo pesquisadores, investimentos em sistema de transporte coletivo poderiam contribuir (e muito) para a redução do número de mortes no Estado em decorrência da poluição do ar. Outra medida mais efetiva e de curto prazo seria diminuir a utilização dos combustíveis fósseis como alternativa energética predominante na movimentação da frota de veículos, e substituí-los gradativamente por fontes renováveis como a bioenergia gerada a partir de biomassas como o álcool e o biodiesel. Veículos elétricos são boas alternativas para um prazo mais espaçado.

Incentivar o uso de tecnologias menos poluentes e equipamentos que reduzam os níveis de gases emitidos, como catalisadores automotivos e filtros despoluidores também são alternativas possíveis, além de preservar florestas naturais e ampliar a geração de energia por meio de fontes limpas e renováveis.

Como cidadãos, é importante que colaboremos com o sistema de coleta seletiva de lixo e reciclagem, e sempre que possível utilizarmos transportes coletivos ou bicicletas. Ao deixar o carro na garagem e tomar um ônibus, por exemplo, é reduzido para um décimo o impacto ambiental provocado pelo deslocamento.


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