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Reduzir o consumo de carne transforma hábitos e beneficia o planeta

A humanidade tem uma história longa e conflituosa com o ato de matar e consumir animais. Desde as pinturas rupestres de 37 mil anos atrás até os pensamentos de figuras como Pitágoras, Leonardo da Vinci e Gandhi, a relação com a carne é marcada por tensões morais e culturais. Atualmente, embora metade dos adultos nos EUA e três quartos no Reino Unido expressem oposição à criação industrial de animais, apenas uma pequena parcela segue uma dieta sem carne.

Uma campanha que propõe uma alimentação baseada em vegetais durante o mês de janeiro, chamada Veganuary, tem mobilizado milhões de pessoas desde 2014. O desafio visa promover uma alimentação mais sustentável e é acompanhado por materiais informativos, receitas e descontos em produtos veganos. Apesar de muitas dificuldades relatadas pelos participantes, como desafios em contextos sociais ou falta de opções ao comer fora, os resultados são promissores. Estudos sugerem que mais de 80% dos participantes mantêm reduções significativas no consumo de carne meses após o término do desafio.

Adotar uma dieta baseada em vegetais traz benefícios para a saúde e o meio ambiente. Além de salvar mais de 80 bilhões de animais por ano, essa transição pode reduzir os danos ambientais em até 75%. Estudos também indicam que substitutos de carne, mesmo ultraprocessados, geralmente oferecem riscos menores à saúde do que produtos cárneos processados, como salsichas e presuntos. Contudo, optar por alimentos integrais, como feijões, maximiza os benefícios à saúde e ainda reduz custos.

Participar desse tipo de desafio também impacta a autopercepção. Muitos participantes relatam que começam a ver a carne de forma diferente, chegando a considerá-la repulsiva. Estudos mostram que 74% dos vegetarianos e 15% dos flexitarianos expressam nojo em relação à carne, uma resposta psicológica semelhante ao desgosto por alimentos considerados tabu. Essa transformação não se limita ao gosto pessoal; ela se reflete em como as pessoas se identificam, afastando-se do papel de “comedoras de carne”.

Outro aspecto observado é o aumento da sensação de controle pessoal e da competência em habilidades culinárias. Essas mudanças são fatores importantes para que a transição alimentar seja mantida a longo prazo. Pesquisadores também estão explorando as condições que ajudam as pessoas a superar barreiras psicológicas e sociais associadas à alimentação baseada em vegetais, com o objetivo de facilitar essas mudanças.

Para quem está curioso sobre os efeitos dessa experiência, aderir ao desafio pode ser uma forma de experimentar novas perspectivas. Afinal, os benefícios não se limitam à saúde individual, mas também estendem-se à sustentabilidade do planeta e ao bem-estar animal.


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