Por Instituto de Energia e Meio Ambiente | No mês de junho, o SEEG (Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa), uma iniciativa do Observatório do Clima que todos os anos calcula e analisa as emissões de carbono no Brasil, lançou sua nova coleção de dados municipais. Nessa que é a segunda edição do SEEG Municípios, é possível consultar com detalhes tudo que foi emitido em cada uma das 5.570 cidades brasileiras. Esses dados potencializam a formulação e o acompanhamento de políticas públicas por governos locais e pela sociedade civil, além de servir como referência para os mais diversos estudos ou pautas jornalísticas.
A partir das estatísticas disponíveis na plataforma SEEG, pode-se fazer um raio x das emissões de gás carbônico equivalente (CO2e) de qualquer região que se tenha interesse.
Para uma notícia, por exemplo, focada apenas no estado de São Paulo, é possível filtrar e visualizar as cidades paulistas que mais emitem: como era de se esperar, a capital se destaca, mas Paulínia e Guarulhos também aparecem nas primeiras posições do ranking, devido, respectivamente, à produção de combustíveis e ao aeroporto de Cumbica.
A imagem abaixo exemplifica o que pode ser visualizado na plataforma SEEG, mostrando os 20 municípios paulistas que mais emitiram em 2019.
Também é possível consultar as emissões de municípios paulistas ponderadas pelas suas respectivas quantidades de habitantes: dessa vez, as cidades de São Paulo, Paulínia e Guarulhos saem das primeiras posições, dando lugar para regiões pouco populosas, mas que possuem importantes atividades emissoras como agropecuária ou indústria.
Nesse sentido, a próxima figura evidencia, agora, os 20 municípios paulistas que produzem mais emissão por habitante.
Narandiba, Marapoama e Mendonça são os territórios que atingiram, em 2019, as maiores taxas de emissão por habitante (considerando apenas o estado de São Paulo).
Na própria plataforma do SEEG, complementa-se a análise, verificando que esses três municípios estão localizados no interior do estado e, como é característica da região, têm na atividade agropecuária sua principal fonte de emissões.
As duas ilustrações a seguir, retiradas do portal SEEG, mostram a localização de Narandiba, Marapoama e Mendonça e as atividades que produzem emissões nesses municípios.
Além de gráficos e mapas, caso se tenha interesse em um município em específico, o SEEG disponibiliza fichas infografadas dedicadas para cada cidade brasileira, como apresentado na próxima figura de exemplo.
As formas de acessar e consultar todas essas informações estão explicadas de maneira didática e rápida em uma série de tutoriais disponíveis no site do SEEG: http://seeg.eco.br/tutoriais-1.
São sete vídeos curtos, que podem ser consultados de maneira independente, apresentando de forma prática diversos recursos do SEEG Municípios. Com esses tutoriais e com a plataforma interativa, cada pessoa pode construir um universo de análises críticas.
O conteúdo de cada vídeo está brevemente apresentado a seguir.
Tutorial 1 – Navegação no site: Este vídeo ensina como navegar pelo site do SEEG.
Tutorial 2 – Rankings de municípios: Este vídeo explica como consultar os rankings de emissões de dióxido de carbono equivalente por município.
Tutorial 3 – Séries históricas por município (CO2e): Este vídeo detalha como visualizar séries históricas (2000 – 2019) de emissões por municípios.
Tutorial 4 – Séries históricas por atividade (CO2e): Aqui é possível conferir como realizar consultas de séries históricas de emissões de gases de efeito estufa por municípios e também por atividades econômicas.
Tutorial 5 – Mapas: Este vídeo mostra como consultar o trabalho do SEEG Municípios por meio de mapas.
Tutorial 6 – Séries históricas por gás: Neste vídeo é possível acompanhar diferentes formas de explorar os dados de emissões calculados e organizados pelo SEEG.
Tutorial 7 – Ficha municipal infografada: Este vídeo explica como obter uma ficha detalhada das emissões de cada um dos 5.570 municípios do Brasil.
Este texto foi originalmente publicado pelo Instituto de Energia e Meio Ambiente de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original. Este artigo não necessariamente representa a opinião do Portal eCycle.
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